Liverpool vs Porto | Arranque tremido dita derrota

O FC Porto perdeu por 2-0 em Anfield, com o Liverpool, em jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Uma primeira parte menos conseguida dos campeões nacionais acabou por permitir aos “reds” marcarem dois golos, criando outras situações de perigo. Os “dragões” cerraram fileiras no segundo tempo, não deram mais veleidades aos ingleses e até acabaram o jogo por cima, mas vão para a segunda mão sem qualquer golo marcado fora.

O Jogo explicado em Números

  • Mau arranque do FC Porto, a sofrer um golo logo aos cinco minutos, quando a partida estava ainda indefinida. Sadio Mané trabalhou na esquerda, serviu Roberto Firmino, este deixou para Naby Keita que rematou à entrada da área. A bola ainda desviou em Óliver Torres, antes de bater Iker Casillas. Dois remates para os “reds”, um golo.
  • O Liverpool agarrou no domínio do jogo e chegou ao primeiro quarto-de-hora com 64% de posse de bola, mas não mais do que três remates, um enquadrado – o Porto somava dois disparos, sem a melhor direcção. Nenhuma das equipas se mostrava particularmente inspirada no passe, com os ingleses a não passarem dos 78% de eficácia. Pior estavam os “dragões”, com 59%.
  • Aos 22 minutos, Mohamed Salah isolou-se, mas, perante Casillas, rematou reste ao poste esquerdo da baliza portista. A formação lusa estava a sentir muitas dificuldades para travar a velocidade do egípcio, mas também de Mané. Adivinhava-se o 2-0, que surgiu aos 26 minutos. Após uma excelente jogada colectiva, Trent Alexander-Arnold cruzou rasteiro e Firmino só teve de encostar para um golo fácil.
  • Em cima dos 30 minutos, Moussa Marega surgiu isolado frente a Alisson, mas o brasileiro defendeu com um pé o disparo do maliano. O Porto tentava reagir, mas à meia-hora o jogo era dos “reds”, que continuavam a registar 60% de posse e sete remates, três enquadrados (cinco disparos na área do Porto, demonstrativo das dificuldades portistas a defender).
  • A verdade é que, aos 40 minutos, o FC Porto somava quatro remates (dois enquadrados) e todos eles foram realizados na área contrária, pelo que os “dragões” também conseguiam entrar no último reduto inglês. Marega, com três disparos, uma seta apontada à baliza contrária, era dos mais perigosos, mas oito más recepções de bola nesta fase não ajudavam a, depois, definir bem os lances.
  • Dificuldades para o Porto na primeira parte em Anfield, com uma desvantagem de dois golos e problemas para parar o tridente ofensivo dos “reds”.
  • Os homens da casa dominaram territorialmente, atacaram mais, registaram mais remates e desperdiçaram duas ocasiões flagrantes de golo, mas os portugueses também criaram lances de qualidade, com Marega a desperdiçar também duas vezes lances de golo iminente. O melhor em campo ao intervalo era Keita.
  • O guineense registava um GoalPoint Rating de 8.0, fruto do golo que marcou (o 1-0), mas também de dois dribles eficazes e seis desarmes, máximo do encontro.
  • O Liverpool marcou de novo aos 49 minutos, mas o tento de Mané foi anulado por fora-de-jogo do senegalês. Apesar de os “reds” registarem 69% de posse de bola no primeiro quarto-de-hora da segunda parte, o Porto parecia mais consistente defensivamente, recuando um pouco as suas linhas para não dar tantos espaços aos velozes avançados contrários. Por isso, nesta fase os da casa somavam apenas dois remates, desenquadrados, o mesmo que os “azuis-e-brancos”.
  • Jogo menos emocionante nesta segunda metade, sem grandes situações de perigo desde o intervalo, quando se chegava aos 70 minutos. O central Felipe destacava-se pela forma como anulava os lances adversários, de forma prática e sem cerimónias. Nesta fase, o brasileiro somava sete alívios e quatro intercepções, mostrando qualidade no passe longo (seis certos em 12 tentativas).
  • A incapacidade dos anfitriões para criarem lances de perigo começou a enervar tanto a equipa, como os adeptos, aproveitando o Porto para lançar alguns rápidos contra-ataques, através de passes longos. Marega chegou aos 80 minutos como o jogador mais rematador sobre o relvado de Anfield, com cinco disparos, três enquadrados, mas sem conseguir facturar.
  • O Porto acabou a dominar nos minutos finais, interceptando praticamente todas as tentativas contrárias de lançar as transições. O posicionamento defensivo era irrepreensível, a segurança no transporte de bola permitia aos “dragões” instalarem-se no meio-campo contrário. Mas já não havia tempo para mais, pelo que o Liverpool vai ao Dragão com uma boa vantagem, mas com tudo em aberto para a formação lusa.

O Homem do Jogo

O jogo não foi fácil para o Porto, em especial pela superioridade dos homens da casa na primeira parte. Nessa altura, Naby Keita foi o melhor e, como a etapa complementar pouco futebol trouxe de ambos os lados, o guineense acabou por manter a liderança dos GoalPoint Ratings, terminando com 8.6. O médio fez um golo, dois passes para finalização, acertou 86% dos passes que fez, completou três de seis tentativas de drible e esteve muito bem no processo defensivo, registando dez recuperações de posse e oito desarmes.

Jogadores em foco

  • Éder Militão 6.3 – O Porto foi obrigado a defender bastante e, nesse capítulo, Militão esteve em bom plano. O brasileiro somou nada menos que 17 acções defensivas, com destaque para seis desarmes e três bloqueios de passe, e não teve hipóteses de subir para tentar desequilibrar com o seu bom jogo aéreo.
  • Felipe 6.3 – Com o mesmo rating terminou o seu colega da defesa, Felipe, muito certo durante todo o jogo. Com sete passes longos certos em 16 tentativas, o brasileiro ganhou os três duelos aéreos defensivos em que participou e somou dez alívios.
  • Óliver Torres 5.8 – O pouco acerto no passe penalizou um pouco a exibição do espanhol que, no entanto, mostrou outras qualidades. Para além de ter completado duas de quatro tentativas de drible, o médio criou ainda uma ocasião flagrante de golo, desperdiçada por Marega.
  • Moussa Marega 3.8 – Jogo para esquecer do maliano na hora de definir. Com uma entrega irrepreensível e boas movimentações e diagonais, que lhe permitiram fugir aos defesas contrários para receber passes longos, Marega foi o mais rematador, com cinco disparos, e até enquadrou três. Contudo, desperdiçou duas ocasiões flagrantes e somou oito maus controlos de bola.
  • Fabinho 6.8 – Na luta pelo meio-campo, o brasileiro esteve imperial, terminando com o segundo rating mais alto da noite. Ao todo, Fabinho registou 101 acções com bola, acertou 87% dos passes que fez, recuperou 12 vezes a posse de bola e ainda somou nove acções defensivas.

Resumo

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Comentários

Um comentário a “Liverpool vs Porto | Arranque tremido dita derrota”

  1. Não foi culpa do árbitro??????????

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