O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaïfi, foi indiciado por corrupção ativa num âmbito de um processo judicial que investiga suspeitas relativas à atribuição da organização dos Mundiais de Atletismo a Doha, no Qatar.
De acordo com o jornal francês Le Parisien, que avança a notícia esta quinta-feira, em causa estão suspeitas de que o empresário tenha “validado” um pagamento de 3,1 milhões de euros, feito pela sociedade Oryx Qatar Sports Investement (detida pelo irmão) a uma sociedade de marketing desportivo senegalesa dirigida por Papa Massata Diack.
O pai de Papa Massata Diack, Lamine Diack, é ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) e ex-membro do Comité Olímpico Internacional.
O diário recorda ainda que Papa Massata Diack, que foi consultor de marketing da IAFF até 2014, tem estado envolvido em vários casos de corrupção associados ao desporto, sendo neste momento alvo de investigações das autoridades francesas.
Nasser Al-Khelaïfi já tinha sido ouvido pela justiça francesa no final de Março. Citado pela revista France Football, o advogado do empresário, Francis Szpiner, diz que estas afirmações são “totalmente falsas”, dando conta que as acusações “não se baseiam em quaisquer provas tangíveis”.
Esta não é a primeira vez que o presidente do clube francês é suspeito de corrupção. Já em 2017, a Procuradoria Federal Suíça instaurou processos ao empresário por alegados subornos associados a direitos televisivos nos Mundiais de Futebol de 2026 e 2030.
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