O acidente que provocou a morte do futebolista espanhol José António Reyes e, mais tarde, do seu primo, Jonathan Reyes, terá sido causado pela perda de controlo do veículo devido ao rebentamento de um pneu.
Segundo revela este domingo o jornal espanhol Mundo Deportivo, que cita a Guardia Civil, os peritos que analisaram o local do acidente terão determinado, a partir das marcas deixadas no local e dos sinais de violência do impacto, que no momento no acidente o veículo circulava a 237 km/h, numa via com velocidade máxima de 120 km/h.
O acidente ocorreu este sábado, no quilómetro 18 da autoestrada A-376, em Espanha, quando o jogador e dois familiares se dirigiam para Utrera, a sua terra natal.
De acordo com os peritos citados pelo jornal espanhol, o acidente foi causado pelo rebentamento de um dos pneus do Mercedes Brabus S550 de 380 CV de Reyes, que provocou o despiste da viatura, que acabou por se incendiar.
Além disso, os peritos suspeitam que os pneus da viatura não tinham a pressão adequada, e que o futebolista, que tinha uma pequena frota de veículos de grande cilindrada (entre os quais, um Ferrari), não conduzia o Mercedes “há vários meses”.
“Não merece homenagem como se fosse um herói”
Na sequência da morte do popular futebolista espanhol, sucederam-se mensagens emotivas de homenagem de colegas, responsáveis desportivos e adeptos de futebol. Antes do início da final da Champions League deste sábado, entre Liverpool e Tottenham, foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao antigo jogador.
Mas uma voz dissonante lançou a polémica. Santiago Cañizares, antigo guarda-redes do Real Madrid e Valência, recorda que o acidente “fez mais vítimas”. Para o antigo guardião merengue, Reyes não merece ser homenageado como se fosse um herói.
“Circular em excesso de velocidade é uma atitude reprovável. No acidente houve vítimas além do condutor. Reyes não merece uma homenagem como se fosse um herói. Mas isso não faz com que não lamente o ocorrido e reze pelas suas almas”, escreveu no seu perfil no Twitter o antigo guarda-redes espanhol, actualmente piloto de rally.
Circular con exceso de velocidad es una actitud reprochable
En el accidente ha habido víctimas además del conductor
Reyes no merece un homenaje como si fuera un héroe
Pero eso no quita que lamente lo ocurrido y que rece por sus almas
Lo intolerable lo encuentro en quien se alegra— SANTIAGO CAÑIZARES (@santicanizares) June 1, 2019
A mensagem gerou fortes críticas de alguns utilizadores, que levaram Cañizares a esclarecer a sua posição. “Talvez não me tenha explicado bem. Claro que merece uma homenagem e uma grande memória pela sua carreira e contributo ao futebol.”
“Leio opiniões de todo o tipo, respeito-as a todas e até excepcionalmente hoje as que vêm acompanhadas por insultos e menosprezo. Só pretendo condenar a insensibilidade, e convidar à reflexão sobre os nossos erros, e creio que é perfeitamente compatível com a dor”, explicou Cañizares.
No veículo, conduzido por Reyes, viajavam o futebolista e dois primos seus. José António e e o primo Jonathan Reyes faleceram no local, carbonizados no interior do automóvel. Juan Manuel Calderón sofreu queimaduras em 60% do corpo e encontra-se hospitalizado em estado muito grave.
Reyes, que jogava actualmente no Extremadura, da segunda divisão espanhola, jogou no Benfica na época 2008/09, por empréstimo do Atlético de Madrid, tendo disputado 35 jogos e marcado seis golos ao serviço da equipa lisboeta. Conquistou nessa época a Taça da Liga, frente ao Sporting, tendo marcado o golo que deu a vitória aos encarnados.
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