O belga Johan Bruyneel, diretor das equipas de ciclismo de Lance Armstrong, anunciou esta terça-feira que foi suspenso por 10 anos pela Associação de Arbitragem Americana (AAA) na sequência do inquérito da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA).
De acordo com o painel, que também puniu com oito anos os médicos espanhóis Pedro Celaya e José Martí, “as provas demonstram de forma concludente que Bruyneel estava no vértice de uma conspiração para a prática generalizada de doping nas equipas US Postal e Discovery Channel durante muitos anos e apanhando muitos corredores”.
A formulação da acusação remonta a 2012, pelo que o belga fica suspenso até 11 de junho de 2022, enquanto os médicos completam a pena dois anos antes. “Não nego que há certos elementos da minha carreira que gostava que não tivessem acontecido”, disse Bruyneel no seu blog, continuando a colocar em causa “a jurisdição da AAA e/ou da USADA” para julgá-lo.
Em junho de 2012, a USADA acusou Bruyneel, Lance Armstrong, os médicos espanhóis Luis García del Moral, Pedro Celaya e José Martí e o italiano Michele Ferrari de múltiplas infrações de doping, incluindo posse e tráfico de substâncias dopantes.
Armstrong foi suspenso de forma permanente e viu anulada a maioria dos resultados da sua carreira, incluindo as sete vitórias na Volta a França (1999-2005), enquanto Bruyneel recorreu aos tribunais para contestar a jurisdição da USADA, alegando que, pela sua nacionalidade, só a Federação Belga pode fazê-lo.
“Estou a ponderar o meu próximo passo. Posso continuar a contestar a decisão da AAA no Tribunal Arbitral do Desporto, embora isso implique confiar de novo na arbitragem. Brevemente vou decidir se continuo a lutar e a tentar expor a hipocrisia daquilo pelo que a USADA me fez passar a mim e a outros”, acrescentou Bruyneel no seu blog.
/Lusa
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