A queixa apresentada por Kathryn Mayorga, que acusou Cristiano Ronaldo de violação, foi retirada no mês passado, avança a agência de notícias Bloomberg.
A ex-professora Kathryn Mayorga, de 35 anos, acusou no ano passado o jogador português de a ter violado, em 2009, num hotel de Las Vegas, nos Estados Unidos. O futebolista português, de 34 anos, sempre negou as acusações.
O pedido para retirar voluntariamente a queixa foi apresentado no mês passado num tribunal do Nevada, em Las Vegas. No pedido não é referido se que a queixosa chegou a algum acordo com o jogador da Juventus, segundo revelou a agência Bloomberg.
Leslie Stovall, advogado de Mayorga, e Peter Christiansen, advogado do português, recusaram comentar a retirada da queixa. Também as autoridades de Las Vegas não deram esclarecimentos sobre o caso.
Apesar de esta queixa ter sido retirada, documentos judiciais a que o Jornal de Notícias teve acesso mostram que, a 28 de janeiro de 2019, o caso deu entrada no US Ditrict Court do Nevada, um tribunal de âmbito federal. A 1 de março, o deu um prazo de mais 180 dias a Mayorga para notificar Cristinao Ronaldo do processo, depois de as tentativas de contacto terem falhado, por não ter sido possível saber a morada do jogador em Turim.
No mesmo documento, o tribunal diz que não vai avançar, por enquanto, com outras medidas de notificação, já que só a 28 de dezembro os advogados de Mayorga contactaram uma “Autoridade Central” italiana para tentar a notificação, como esta definido na Convenção de Haia, que define regras sobre o direito privado internacional. Até ao momento, tinha sido contratado apenas um “assistente judicial”, que não conseguiu encontrar Cristiano Ronaldo.
Em março, o The New York Times indicou que a Juventus, equipa campeã em Itália, não deveria participar num torneio internacional nos Estados Unidos, no verão, por receio de que Cristiano Ronaldo pudesse ser detido no âmbito da investigação deste processo.
Kathryn Mayorga apresentou queixa contra o avançado internacional português, a 27 de setembro de 2018, num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no Estado norte-americano do Nevada.
A queixosa alegava que, em 2009, foi violada pelo jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem. A suposta vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa.
Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325 mil euros (375 mil dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.
O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, em 28 de setembro de 2018, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso – a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks.
Os advogados de Ronaldo alegaram que os documentos que a revista alemã tem na sua posse foram “fabricados” por piratas informáticos, contestando as argumentações apresentadas pela defesa de Kathryn Mayorga.
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