A seleção de futebol de Portugal celebrou com milhares de adeptos, na Avenida dos Aliados, no Porto, a conquista da Liga das Nações, o primeiro troféu desta nova prova da UEFA.
Eram cerca das 23:30 quando o grupo subiu à varanda da câmara municipal do Porto, iluminada com as cores de Portugal, com o capitão Cristiano Ronaldo a liderar o grupo e rapidamente exibir o troféu à multidão.
“Vamos cantar todos… campeões, campeões, nós somos campeões”, começou por desafiar o madeirense, que assumiu o papel de mestre de cerimónias, levando os milhares de presentes ao delírio, festejando o triunfo por 1-0 sobre a Holanda, na final no Estádio do Dragão.
Ronaldo congratulou-se com a sua primeira festa nos Aliados – “é impressionante, lindo, estou emocionado” – e, em nome da seleção, agradeceu o calor humano que o grupo sentiu nestes dias de trabalho no Porto. “Em nome da seleção, todos os meus companheiros, presidente, treinadores, um obrigado muito grande, pois sem vocês isto não era possível. Sentimos a vossa força e energia. Muito obrigado, pessoal”, disse.
Seguiu-se o treinador Fernando Santos, que agradeceu o entusiasmo em torno da seleção, dedicando a taça a todos os que ali celebravam: “Viva o Porto, viva Portugal”.
O microfone passou também pelo marcador do único golo, Gonçalo Guedes, que elogiou a equipa e o público, o mesmo sucedendo com Pepe. “Representar o país é para todos algo único”, disse o central portista, mais habituado ao palco dos Aliados na celebração das grandes vitórias.
Dia de Portugal começou mais cedo
O Presidente da República disse este domingo que é “uma alegria” Portugal ser o primeiro vencedor da primeira Liga das Nações, em especial em casa, considerando que os lusos foram “os melhores dos melhores” ao vencerem a Holanda.
“É uma alegria, numa competição que arranca, o primeiro vencedor ser Portugal e em Portugal. Começamos assim o Dia de Portugal”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que a seleção portuguesa fez “um golo excecional”, mas também sofreu frente a uns “holandeses muito fortes”. O chefe de Estado falava, em declarações à RTP, na zona VIP do Estádio do Dragão.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a “projeção no mundo” que uma vitória destas representa para Portugal, declarando-se “muito feliz” com o resultado do encontro. “Costumo dizer que quando somos muito bons somos os melhores dos melhores e hoje fomos”, acrescentou.
Também o primeiro-ministro, António Costa, enviou “um grande abraço” ao selecionador nacional Fernando Santos e a todos os jogadores depois da vitória na Liga das Nações frente à Holanda.
“Ganhámos esta primeira Liga das Nações”, disse António Costa, enviando um grande abraço ao selecionador nacional Fernando Santos e a todos os jogadores. “O Dia de Portugal começou umas horas mais cedo graças à nossa equipa“.
António Costa considerou ainda “motivo de grande orgulho e satisfação” no espaço de pouco anos Portugal ter sido campeão europeu e ter vencido a Liga das Nações.
15 anos após a tragédia grega
Portugal tornou-se este domingo o primeiro vencedor de sempre da Liga das Nações de futebol, após bater a Holanda, por 1-0, com um golo de Gonçalo Guedes, numa final em que foi claramente superior ao seu adversário.
No Estádio do Dragão, no Porto, Gonçalo Guedes apareceu no lugar de João Félix e a aposta do selecionador Fernando Santos deu frutos quando, aos 60 minutos, o avançado fez o seu primeiro golo em jogos oficiais pela equipa das quinas.
Desta vez, e ao contrário do que tinha acontecido nas meias-finais com a Suíça, Portugal foi quase sempre superior ao seu adversário e acaba por ser um justo vencedor da final, acabando o golo de Guedes por ser curto, tal o domínio luso.
15 anos após a “trágica” final do Euro2004, a seleção nacional consegue pela primeira vez conquistar um título junto do seu público e vai passar a ter dois troféus seniores no seu ‘museu’, em que até agora estava ‘apenas’ a taça do Euro2016.
Além da entrada de Guedes, Fernando Santos operou mais duas alterações, com Danilo a render Rúben Neves no meio e José Fonte, como era esperado, a aparecer no lugar do lesionado Pepe.
Mas as mudanças não ficaram por aí. Santos desfez o losango do meio campo, que tinha usado frente à Suíça, e deu mais liberdade a jogadores como Bernardo Silva e Bruno Fernandes, que acabaram por ser determinantes na boa exibição portuguesa.
As duas equipas entraram na partida algo ansiosas, com muitas faltas à mistura, mas, com o passar do tempo, Portugal foi assentando o seu jogo e começou a chegar com alguma facilidade à baliza do guarda-redes Cilessen.
O guardião holandêsteve que intervir a remates de Bruno Fernandes e José Fonte, e, já perto da meia hora, teve mesmo que se esticar para impedir o golo do médio do Sporting.
Ainda antes do intervalo Fernandes, que fez a sua melhor exibição com a camisola das ‘quinas’, ficou perto da vantagem, com novo remate forte de fora da área, que passou bem perto da baliza holandesa.
No regresso dos balneários, Portugal apareceu ainda mais veloz e com outra intensidade, enquanto a Holanda continuou na expectativa, e com justiça a seleção lusa chegou ao golo, aos 60 minutos, por Gonçalo Guedes.
O avançado do Valência apareceu soltou à entrada da área, após combinação com Bernardo Silva, e lançou uma ‘bomba’, com Cillessen ainda a tocar na bola, mas a não conseguir desviar das redes.
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Nesta altura entrou em ação Rui Patrício, que manteve a sua baliza intocável, no dia em se tornou no guarda-redes mais internacional de sempre por Portugal. Além de Patrício, Rúben Dias também esteve praticamente intransponível na defesa portuguesa e acabou por ser considerado o melhor jogador em campo.
Portugal leva assim a taça da primeira edição da Liga das Nações para a sua vitrine de troféus, onde repousa há três anos a taça da Europeu de Futebol de 2016 – a primeira grande conquista internacional da seleção das quinas.
Bernardo Silva foi considerado o melhor jogador da primeira edição da Liga das Nações de futebol, depois de Portugal vencer a Holanda por 1-0, na final, enquanto Frenkie de Jong recebeu o prémio de melhor jovem.
Os galardões foram anunciados antes do troféu ser entregue à seleção portuguesa, que viu também Cristiano Ronaldo ser consagrado como o melhor marcador da fase final, com três golos. Rúben Dias eleito o homem do jogo da final.
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