Cerca de duas centenas de adeptos do FC Porto manifestaram-se esta segunda-feira em frente ao Palácio da Justiça, no Porto, contra a condenação da SAD portista no caso dos emails do Benfica.
Na origem do protesto, que foi convocado através das redes sociais está a a decisão judicial que condenou o FC Porto SAD, o Porto Canal e Francisco J. Marques, diretor de Comunicação do clube e da estação televisiva, a pagarem 2 milhões de euros indemnização ao Benfica pela divulgação de e-mails internos dos encarnados.
“Estamos indignados com a justiça deste país que não é igual para todos. É uma justiça que vincula o Francisco J. Marques ao Porto, clube e SAD, mas não vincula o Paulo Gonçalves ao Benfica no caso e-Toupeira. É surreal e terceiro-mundista esta tentativa de calar o Porto Canal”, disse Leonel Santos, um dos manifestantes ao Jornal de Notícias.
Manuel Santos, um dos organizadores do protesto, espera que o recurso apresentado pelo dragões altere a condenação. “Se não der frutos em Portugal, há de dar na Europa”, disse ao diário, observando que “na Europa protegem-se os denunciantes e condenam-se os corruptos”, enquanto em Portugal, apontou, acontece o contrário. Entre os protestos, os adeptos azuis e brancos, seguram alguns cartazes e gritam palavras como “campeões”.
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Apesar da sentença, o FC Porto frisou, na newsletter Dragões Diário, o lado positivo da decisão: “Os e-mails divulgados são genuínos, documentando efetiva correspondência trocada entre os respetivos remetentes e destinatários nos dias e horas neles consignados, com o exato teor neles plasmado”.
O facto de “o Tribunal Judicial da Comarca do Porto reconhecer a veracidade de toda a documentação divulgada entre 2017 e 2018 no Porto Canal (…) não deixará de ser uma importante prova” no caso e-Toupeira, adiantou fonte do clube ao semanário Expresso.
“O feitiço pode virar-se contra o feiticeiro. Ou seja, esta primeira sentença que condenou o FC Porto pode virar-se contra o autor do processo, ou seja, o próprio Benfica, que ao fazer-se de vítima na divulgação dos e-mails acabou por admitir a veracidade da troca dos mesmos”, considerou a mesma fonte do FC Porto.
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