Novas provas no processo do ataque à Academia de Alcochete apontam o ex-presidente Bruno de Carvalho e o líder da Juventude Leonina, Mustafá, como autores morais dos crimes.
As novas provas surgiram após perícias a telemóveis, que revelam mensagens comprometedoras para o antigo presidente do Sporting CP Bruno de Carvalho, e o líder da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes, mais conhecido por Mustafá.
As mensagens de um grupo do WhatsApp, que só agora foram desencriptadas, foram escritas por Mustafá e já foram aceites pelo juiz do caso. As mensagens foram difíceis de obter, já que o líder da claque sportinguista sempre preferiu conversas presenciais e terá apagado o rasto das mensagens/chamadas. No caso de Bruno de Carvalho, o seu telemóvel foi completamente limpo.
O Correio da Manhã avança algumas das mensagens trocadas entre os suspeitos, nomeadamente Uma mensagem de André Geraldes para o então presidente Bruno de Carvalho. Nessa mensagem, o seu antigo braço direito pergunta: “Queres que vá para cima deles?“.
A resposta de Bruno não foi dada por escrito, não havendo registo da mesma. No entanto, a procuradora responsável pela acusação, Cândida Vilar, alega que a ordem foi direcionada para avançar com o ataque.
Há ainda registo de uma mensagem de Mustafá, na qual se lê: “Carga neles“. Bruno de Carvalho diz nunca ter tido qualquer relação com o líder da claque, alegando que “não havia proximidade nenhuma”. No entanto, pelo que se sabe, os dois chegaram a falar pelo menos numa ocasião, após uma ‘chuva de tochas’ atirada pela claque contra Rui Patrício, durante o Sporting-Benfica da época 2017-18.
“Estive lá 15 minutos. Disse-lhes ‘façam o que quiserem’, mas estava a referir-me às tochas”, justificou o antigo presidente leonino. “O ambiente estava também muito pesado contra mim”, acrescentou. No entanto, a procuradora parece não acreditar na sua versão.
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