A antiga eurodeputada do PS respondeu, esta sexta-feira, ao presidente do partido, considerando que não é um “apparatchick” e que não abdica de dar uso à sua cabeça.
A ex-eurodeputada socialista, Ana Gomes, respondeu esta sexta-feira ao presidente do seu partido, Carlos César, que ontem se distanciou das suas declarações a propósito da transferência de João Félix para o Atlético de Madrid, dizendo que as opiniões “refletem apenas uma posição pessoal“.
Em causa está a carta enviada pelo presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que pedia que o partido tomasse uma posição pública sobre o comentário da ex-eurodeputada, que questionou se a transferência do jovem jogador para Espanha não se trataria de um “negócio de lavandaria”.
Através da sua conta no Twitter, Ana Gomes escreveu: “Agradeço ao presidente Carlos César o afã de esclarecer o óbvio: não represento o PS e o que digo e escrevo só me vincula. Sendo socialista, e não apparatchick, não abdico de dar uso à minha cabeça… Já César, usa o que pode face a Vieira: a César, o que é de César. E viva o Partido Socialista”.
Agradeço ao presidente Carlos César o afã de esclarecer o óbvio: ñ represento o PS e o q digo e escrevo só me vincula. Sendo socialista, e ñ apparatchik, não abdico de dar uso à minha cabeça… Já César, usa o q pode face a Vieira: a César, o q é de César. E viva o @psocialista! https://t.co/KpGSjwnJky
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) July 26, 2019
De acordo com o Observador, a antiga eurodeputada usou o termo que caracterizava os profissionais zelosos do aparelho comunista soviético, e que respondiam a ordens superiores, para lembrar que pensa pela sua cabeça e é independente apesar da militância política.
Já a expressão “usa o que pode face a Vieira” parece sugerir, de acordo com o jornal online, algum condicionamento das posições oficiais do PS face ao presidente dos encarnados.
No início deste mês, o clube anunciou que vai avançar com um processo contra a socialista, uma vez que “a declaração em causa não configura um caso de mero exercício da liberdade de expressão” mas que, pelo contrário, “tem o exclusivo propósito de denegrir o nome do Benfica e dos membros dos seus órgãos sociais”.
A ex-eurodeputada tem saído em defesa do hacker Rui Pinto, em prisão preventiva desde março, e apelou à investigação das transferências no futebol português, tendo enviado a várias entidades nacionais e europeias documentação do Football Leaks que “exemplifica esquemas de triangulação e de bridge transfer”.
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