Dois pugilistas perderam a vida em combate em apenas sete dias

O pugilista russo Maxim Dadashev (dir), na foto em combate contra o cubano Yasnier Toledo

Em menos de uma semana o boxe profissional conta com duas mortes. As vítimas são os desportistas Maxim Dadashev e Hugo Alfredo “Dinamita” Santillan, que morreram terça e quinta-feira, respetivamente. Ambos faleceram de lesões consequentes de combates.

A primeira morte foi a do boxista russo Maxim Dadashev, de 28 anos. O lutador cedeu na sequência de ferimentos de um combate, na passada sexta-feira. Após a derrota, com Subriel Matias, para uma luta eliminatória do título Welterweight da Federação Internacional de Boxe (FIB), Dadashev foi colocado em coma induzido.

O combate entre Matias e Dadashev foi interrompido na 11ª ronda pelo treinador do russo, Buddy McGirt, que achava que o boxista já tinha sofrido várias lesões.

Segundo a ESPN, que transmitiu a luta na ESPN+, o boxista desmaiou e ao ser transportado na maca para o balneário começou a vomitar. No fim do combate, avança o The Guardian, Matias confessou esperar que Maxim estivesse bem. “Ele é um grande lutador e um guerreiro”, disse o pugilista.

Dadashev foi submetido a uma cirurgia de emergência, de duas horas, por sangrar no cérebro. Mais tarde, foi colocado num coma induzido para permitir que o inchaço no cerébro diminuísse. No sábado, os médicos noticiaram que o lutador tinha sofrido danos cerebrais graves e na terça-feira a sua morte foi confirmada.

Isto só nos faz perceber em que tipo de desporto nós estamos. Como é que eu poderia ter feito diferente? Ele parecia bem no treino, ele estava pronto, mas é o desporto em que estamos. Basta um murro”, relatou McGirt à ESPN.

O russo, que se iniciou no boxe aos 10 anos, era um boxeur promissor. Antes da tragédia na luta de sexta-feira tinha sido imbatível em treze combates.

Segunda morte em sete dias

Também o argentino Hugo Alfredo “Dinamita” Santillan, de 23 anos, morreu de ferimentos sofridos no ringue, na quinta-feira. O pugilista combatia com Eduardo Javier Abreu, em Buenos Aires, na noite de quarta-feira.

De acordo com relatos locais, citados pelo The Guardian, o nariz do argentino começou a sangrar na 4ª ronda, mas mesmo assim Santillan terminou a luta. No entanto, ao mesmo tempo que o resultado do combate é anunciado (um empate), o lutador desmaiou e foi transportado para o hospital.

Segundo Graciela Olocco, médica do hospital em que o boxeur deu entrada citada, Santillan teve insuficiência renal. “Tinha um inchaço no cérebro e nunca recuperou a consciência, acabando por afetar o funcionamento do resto dos órgãos”, declarou.

O pugilista foi ainda submetido a cirurgia a um coágulo no cérebro, mas morreu após uma paragem cardíaca, revelou Graciela Olocco. “Dinamita” era filho do boxer profissional Hugo Alfredo Santillan e tinha um recorde de 19 vitórias, seis derrotas e dois empates — antes de perder a sua última luta, pela vida, esta quarta-feira.

[sc name=”assina” by=”DR, ZAP” url=”” source=”” ]


Comentários

4 comentários a “Dois pugilistas perderam a vida em combate em apenas sete dias”

  1. Há maneiras menos violentas de trabalhar e ganhar dinheiro!….. agora se gostam de apanhar no canastro o problema é deles. Sendo contra a violência, por mim podem matar-se a vontade !

  2. Vergonha de desporto acabem com esta merd… imediatamente,nojo de desporto

    1. Tem razão e apoio a sua opinião, mas é tudo menos “desporto” !…. é mesmo uma mer….. de exibição digna da antiguidade e dos selvagens confrontos de gladiadores !

  3. É isto e as touradas.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *