EUA. Federação de futebol diz que mulheres ganham mais do que homens (mas seleção feminina desmente)

A capitã da seleção norte-americana de futebol feminino Megan Rapinoe

A Federação de Futebol dos Estados Unidos revelou esta terça-feira que as jogadoras da sua seleção foram mais bem pagas do que os homens, analisando o período que vai de 2010 a 2018.

Em carta assinada pelo presidente da US Soccer, Carlos Cordeiro, a federação indicou que pagou às mulheres 34,1 milhões de dólares (cerca de 30,6 milhões de euros) em salários e bónus, enquanto os homens se ficaram pelos 26,4 milhões (cerca de 22,7 milhões de euros), revelou o Público.

Contudo, a Seleção de Futebol Feminino dos Estados Unidos (USWNT, na sigla em inglês) disse que essas afirmações são “uma farsa”, escreveu o Guardian. A carta de Carlos Cordeiro é “uma triste tentativa da US Soccer de conter a incrível onda de apoio que a USWNT recebeu de fãs, patrocinadores e do Congresso norte-americano”, disse Molly Levinson, porta-voz das jogadoras.

“A US Soccer admitiu repetidamente que não paga a homens e mulheres de forma igualitária e não acredita que as mulheres mereçam, sequer, ser pagas igualitariamente”, prosseguiu Molly Levinson.

Por outro lado, de acordo com a US Soccer, foram as seleções masculinas a gerar mais receitas, com 185,7 milhões em 191 jogos, contra 101,3 milhões em 238 jogos. Esta posição da federação vem no seguimento da contestação pública das jogadoras que conquistaram o Mundial disputado em França.

Já em março tinham avançado com um processo na justiça federal por “discriminação de género institucionalizada”, o que incluía compensações monetárias desiguais.

Entretanto, as duas partes aceitaram a mediação para resolver o diferendo, sem que se chegue a julgamento.

[sc name=”assina” by=”TP, ZAP”]


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