A Imosteps, a empresa de promoção imobiliária da qual é acionista o presidente do Benfica, deve 54,3 milhões de eurosao Novo Banco, integrando a lista de 60 grandes dívidas de empresas que o Novo Banco está a vender a fundos abutre internacionais.
De acordo com a revista Sábado, desconhece-se que negócios e ativos tem a holding de Luís Filipe Vieira ligada aos sectores da construção e do imobiliário que gere participações noutras companhias. A maior parte dos ativos tóxicos eram do Grupo Espírito Santo (GES), cujo líder Ricardo Salgado era próximo do presidente do Benfica.
Em 2016, Luís Filipe Vieira e o Novo Banco começaram a falar sobre o que fazer à dívida da Promovalor de Vieira. Depois de negociações difíceis, que duraram um ano e meio, o presidente do Benfica e o Novo Banco chegaram a um acordo que implicou um reforço real de garantias e foi assinado no final de 2017. Mas o acordo deixou uma ponta de fora: a Imosteps.
A Imosteps, que conta ainda com o filho do presidente do Conselho de Administração, Tiago Vieira, e outros dois sócios José Pereira Gouveia e Almerindo de Sousa Duarte, não foi incluída no plano de reestruturação com o Novo Banco, em 2014.
Desde 2015, as holdings têm registado prejuízos, que conduziram a dívidas por parte da acionista Imosteps. Situações como a da empresa de Luís Filipe Vieira indiciam responsabilidades que estão a ser transferidas para o Fundo de Resolução.
A revista acrescenta ainda outros nomes à lista de empresários que têm dívidas no Novo Banco, alguns deles com fortes ligações ao antigo líder do BES, como Manuel Matos Gil, João Gama Leão, Bernardo Moniz da Maia, António Câmara e Paulo Branco.
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