“Lei foi feita para que clubes como o Benfica adequassem adeptos às claques”, diz Costa

Em entrevista ao Canal 11, António Costa abordou o tema da violência no desporto. “Legislação foi feita para que clubes como o Benfica adequassem grupos de adeptos àquilo que são claques”, disse o primeiro-ministro.

António Costa falou, entre vários assuntos, sobre a violência no desporto que tem atormentado, nomeadamente, o futebol português. Em entrevista ao novo Canal 11, esta terça-feira, o primeiro-ministro condenou a prática e reiterou que “tem de ser erradicada”.

Em relação às claques, Costa diz que todos os clubes têm de cumprir a lei, mas avisa que “as leis não mudam comportamentos” e que “o que muda é a cultura que tem de imperar”. Em causa está a nova lei da violência no desporto, aprovada no mês passado em Parlamento. A lei vai alterar comportamentos dos adeptos de todos os clubes, mas só entra em vigor a partir da temporada 2020/21.

Esta medida surge naquele que Costa considera ser “um quadro de violência absolutamente inaceitável”. A nova lei prevê que as claques fiquem em zonas específicas dos estádios sem cadeiras e um aumento das multas aos grupos organizados de adeptos e aos clubes, com a hipótese de serem aplicados jogos à porta fechada.

“A legislação foi feita para que clubes como o Benfica passassem a adequar os seus grupos de adeptos àquilo que são claques. Os clubes têm de ser todos iguais e tem de haver uma legislação igual para todos”, disse Costa, citado pelo Observador.

O primeiro-ministro realça que todos os agentes desportivos “têm uma enorme responsabilidade na forma como agem” e cita o treinador do Benfica, Bruno Lage, confessando que há uma necessidade de mudar o panorama atual.

António Costa falou ainda de uma possível candidatura conjunta entre Portugal e Espanha para a organização do Mundial de 2030. O chefe do Governo diz que seria “uma forma extraordinária” promover os países internacionalmente, remetendo para o impacto que teve o Euro 2004.

No entanto, há algumas precauções a ter, alerta: “Todos aprendemos com o Euro 2004. Os estádios não podem ser pensados apenas para um evento, mas sim também a pensar num pós-evento. Se fosse hoje, o país não teria feito tantos estádios”.

Durante a entrevista, Costa deu ainda uma “perninha” naquela que é a sua quinta e abordou as eleições legislativas que se avizinham. “Maioria absoluta? O resultado será aquele que resultar da combinação da avaliação que as pessoas fazem do trabalho feito, do que nos propusemos a fazer e da realidade que temos para garantir a boa execução desses resultados”, explicou ao Canal 11.

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