O presidente do México anunciou esta segunda-feira que os 5,25 milhões de dólares (4,69 milhões de euros) obtidos na venda de uma mansão que pertencia a um empresário acusado de narcotráfico serão destinados aos 541 atletas do país que participaram nos Jogos Pan-Americanos Lima-2019.
O imóvel que foi leiloado no domingo pertencia ao empresário de origem chinesa Zhenli Ye Gon, que ficou conhecido em 2007 após a polícia encontrar na sua residência 205 milhões de dólares em notas, escondidos numa cómoda.
Zhenli Ye Gon é um empresário chinês-mexicano atualmente sob suspeita de tráfico de produtos químicos precursores de pseudoefedrina ou efedrina para o México vindos da Ásia. Ele é o proprietário e representante legal da Unimed Pharm Chem México, bem como várias outras corporações mexicanas.
Ye Gon, extraditado para os Estados Unidos, foi acusado pelas autoridades mexicanas de ser líder de uma quadrilha dedicada à fabricação de pseudoefedrina, um elemento utilizado na produção da metanfetamina.
O leilão dos bens do narcotraficantes faz parte de uma política do governo mexicano de “devolver ao povo o que lhe foi roubado”, afirmou Obrador, o presidente do país. A mansão foi comprada por um empresário mexicano e o dinheiro será destinado a uma fundação que apoia jovens atletas do país.
O México terminou em terceiro lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Lima, atrás de Estados Unidos e Brasil, com 37 medalhas de ouro, 36 de prata e 63 de bronze.
Os Jogos Pan-Americanos são um importante evento polidesportivo para atletas de nações do continente americano, celebrado a cada quatro anos, no ano anterior aos Jogos Olímpicos de Verão. A Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA) é o órgão que rege o movimento dos Jogos Pan-Americanos, cuja estrutura e ações são definidas pela Carta Olímpica. Nos Jogos, são disputados desportos incluídos no Programa Olímpico e outros não disputados nos Jogos Olímpicos. Este ano, realizou-se em Lima, no Peru.
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