O Flamengo de Jorge Jesus venceu o Internacional por 2-0 em jogo para os quartos-de-final da Libertadores. O treinador foi criticado por alinhar com Gabriel Barbosa, que inicialmente não constava na lista de convocados.
Na lista de convocados divulgada pelo clube na véspera do jogo, Gabriel “Gabigol” Barbosa não estava incluído, já que alegadamente estava com queixas na coxa esquerda. No entanto, o ex-benfiquista acabou mesmo por jogar os 90 minutos, tendo até feito uma assistência para golo.
Jorge Jesus justificou-se dizendo que o avançado recuperou no próprio dia de jogo e ainda participou no treino. Para evitar futuras polémicas, Jesus diz que vai começar a divulgar a lista de convocados apenas no dia de jogo. No entanto, a tentativa do treinador português de remediar a situação não convenceu todos.
Nomeadamente o vice-presidente do Internacional de Porto Alegre, Roberto Melo. “Achei que isto já estava ultrapassado no futebol, que não existia mais, mas estamos a ver que, para os treinadores brasileiros, talvez seja uma novidade importada lá da Europa“, disse o dirigente, citado pelo jornal OJOGO.
Ainda assim, admite que não este aspeto que decidiu o jogo. “Não passou por aí. Cada um usa a estratégia que acha melhor para a sua equipa”, disse Roberto Melo.
Segundo o jornal ABOLA, a opção de Jesus também foi criticada nos programas televisivos brasileiros. “Para quê isto? Hoje em dia não há necessidade“, disse Dejan Petkovic, comentador desportivo e ex-jogador sérvio.
Roger Flores, outros dos comentadores televisivos, partilhou a opinião do seu colega e disse que o próprio treinador do Internacional suspeitava que Gabigol iria jogar. “Consegui falar com o Odair Hellmann antes do jogo, e ele disse-me que já sabia que o Gabriel iria para jogo, ele já tinha a certeza disso a meio da tarde. Eu não acho que fez tanta diferença”, disse o antigo jogador que chegou a alinhar pelo SL Benfica.
“Às vezes também fazemos bluff”
Apesar de Jorge Jesus ter justificado que Gabriel Barbosa recuperou no próprio dia de jogo, o passado vai contra as alegações do técnico português. Basta recuar até à época anterior para ouvir Jesus dizer que “às vezes também fazemos bluff“.
Numa conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o SL Benfica, em Alvalade, o então treinador dos sportinguistas admitiu que por vezes o fazia.
“A jogar às cartas, às vezes também fazemos bluff. Os treinadores têm a sua estratégia e durante o jogo podem lançar jokers. Não havendo uma certeza absoluta, quanto mais equilíbrio houver nos jogos, mais estratégias os treinadores têm. O treinador do Benfica também tem as suas. Mas já não há muito a esconder” disse.
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