Jorge Jesus apontou uma grande diferença entre os jogadores brasileiros e os europeus. Além disso, defendeu que, “caso não mude o chip”, Neymar nunca chegará ao patamar de Ronaldo.
Em primeiro lugar no “Brasileirão”, Jorge Jesus parece estar encantado com o futebol jogado no Brasil e com a dedicação dos seus jogadores. Em entrevista à Globo, o treinador português rasgou elogios à sua equipa e deixou duras críticas à atitude dos jogadores europeus.
Em comparação com os outros clubes que já treinou, Jesus não tem dúvidas e garante que o Flamengo “é o melhor”. Em muito graças à sua dedicação: “Não se negam a nada. Eu não dou muitas folgas, poderiam vir dizer: «Mister, dá uma folguinha». Na Europa, em todos os jogos querem folguinhas. Estes estão sempre interessados em trabalhar. A exigência que coloco no treino, eles absorvem com muita facilidade”, disse.
Antes de chegar ao Flamengo, Jorge Jesus passou por vários clubes, entre os quais, mais recentemente, Al Hilal, Sporting e Benfica. Contudo, foi no Brasil que encontrou uma “paixão” única.
“Estou satisfeitíssimo com eles. Futebol é isso, paixão. Se não tiverem prazer no que fazem, vão ter um grande problema, o da pressão. E eles estão em um clube que há pressão todos os dias. Se não tiverem paixão, a pressão vai bloquear a qualidade no jogo deles”, disse Jesus, citado pelo jornal A BOLA.
O técnico português falou ainda de Cristiano Ronaldo, aquele que considera ser o melhor jogador do mundo.
“Para mim Cristiano Ronaldo é o melhor, não tenho a menor dúvida. É o símbolo do que é o futebol, do que é o golo. Ele não faz 10 ou 20, faz 30, 40, 50 golos. Messi é diferente, mais artista. E o Ronaldo não precisa de tanta nota artística como Messi para fazer o que o Messi faz. Neste momento são os dois maiores”, atirou.
E falou de CR7 como um exemplo que todos os atletas deviam seguir: “Todos tinham que olhar para o Ronaldo, não pela qualidade, mas por aquilo que ele é como profissional, como ele chegou lá. Isso deve ser uma lição para todas as crianças que querem ser jogadores”.
Jesus disse ainda que se Neymar e Ronaldinho Gaúcho tivessem a dedicação de Ronaldo, talvez tivessem chegado ao seu nível. “Ronaldinho Gaúcho também, como o Neymar, podiam chegar a esse patamar se tivessem a formação e a cabeça do Ronaldo”, explicou.
Questionado se Neymar algum dia conseguirá chegar a esse patamar, Jesus mostrou-se reticente. “Ou ele muda ou não vai chegar. Se o chip da cabeça dele não mudar, ele não vai chegar. Porque é o que eu disse, entre o prazer e a paixão do jogo, e o prazer de ter outras coisas fora do jogo, o que é mais importante? Se esta for mais forte, nunca vais ser o melhor”, disse.
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