A FIFA está já no Irão e tem reuniões agendadas com a Federação Iraniana de Futebol para garantir o acesso das mulheres aos jogos de futebol.
O caso de Sahar chocou o Irão e o mundo. A mulher iraniana de 30 anos morreu após se ter imolado à frente do tribunal ao saber que poderia enfrentar uma pena de prisão de seis meses por tentar entrar num estádio de futebol. Para a FIFA, esta foi a gota de água para que fossem impostas medidas que resolvam este problema.
A FIFA até já enviou uma equipa de comissários ao Irão, de acordo com um anúncio feito esta quarta-feira pela entidade máxima do futebol mundial. Desde 1979, as mulheres iranianas estão proibidas de entrar em recintos desportivos para assistir a jogos com equipas masculinas.
Segundo um porta-voz da FIFA, citado pela TSF, estão já agendadas reuniões para as próximas duas semanas com as autoridades iranianas de futebol. Entre outras burocracias relacionadas com jogos de preparação para o Mundial de 2022, a FIFA vai fazer os esforços possíveis para garantir o acesso das mulheres aos jogos de futebol.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, já tinha lançado um alerta à Federação Iraniana para que adotasse medidas concretas que permitissem a entrada de mulheres nos recintos desportivos – caso contrário seriam alvo de sanções. Apesar do aviso, no mês passado, as autoridades prenderam quatro mulheres por desrespeitarem a proibição, acabando por libertá-las mais tarde sob fiança.
Masoud Shojaei, capitão da seleção de futebol masculino do Irão, disse no Instagram que a proibição está “enraizada em pensamentos desatualizados e constrangedores que não serão compreendidos pelas gerações futuras”.
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