O Benfica cumpriu frente ao Gil Vicente, no Estádio da Luz, e venceu por 2-0, com um golo a fechar a primeira parte e outro a abrir a segunda.
A formação “encarnada” sentiu muitas dificuldades para dar corpo ao intenso domínio exercido, em especial na etapa inicial, perante uma equipa minhota que se fechou muito bem e complicou a tarefa dos avançados benfiquistas no momento do remate.
Pizzi falhou uma grande penalidade e redimiu-se na segunda parte, Ygor Nogueira teve uma noite para esquecer, com a falta para o penálti e um autogolo apontado.
O jogo explicado em números
- Entrada autoritária do Benfica, com quase 80% de posse de bola quando beneficiou de uma grande penalidade, aos dez minutos, por falta de Ygor Nogueira sobre Pizzi na grande área. Porém, o médio benfiquista permitiu uma (excelente) defesa a Denis.
- O primeiro quarto-de-hora surgiu com esta toada, os “encarnados” em cima do Gil Vicente, com 74% de posse, 85% de eficácia de passe, mas com algumas dificuldades para rematar, registando apenas dois disparos, e um só enquadrado, precisamente o penálti desperdiçado por Pizzi. Os minhotos continuavam sem qualquer tentativa de alvejar a baliza contrária.
- Aos poucos os gilistas foram aplacando a pressão benfiquista com mais eficácia, aumentando a posse de bola para 30% à passagem da meia-hora. Nesta fase registavam já dois disparos, ambos desenquadrados, mas somente duas acções com bola na área do Benfica, por Samuel Lino e Sandro Lima. E apostavam tudo os ataques pelos flancos, com 42,7% de lances por cada um dos lados, a tentar aproveitar a subida dos laterais contrários.
- Nesta fase não se vislumbrava qualquer exibição individual de relevo, sendo que o guarda-redes Denis apresentava o melhor rating, um 6.1, fundamentalmente pela grande penalidade que defendeu.
- Aos 39 minutos, Denis fez um pouco mais para aumentar a nota, ao negar com um pé um golo quase feito a Pizzi, quando este surgiu sozinho a rematar de primeira na pequena área. O Benfica criava algum perigo, mas o brasileiro mostrava uma tranquilidade à prova de tudo.
- Mas nada pôde fazer em cima dos 45 minutos. Adel Taarabt serviu André Almeida na direita com um passe fantástico, este cruzou e Ygor Nogueira (que já havia cometido falta para penálti), na tentativa de afastar a bola, introduziu a bola na própria baliza.
- Primeira parte praticamente de sentido único, com o Benfica a registar quase 70% de posse de bola e uma constância ofensiva apenas interrompida amiúde por alguns ataques (perigosos) por parte dos gilistas. A vantagem benfiquista surgiu perto do descanso, num autogolo de Ygor Nogueira, já depois de Pizzi ter desperdiçado uma grande penalidade. Os “encarnados” remataram (marginalmente) mais, com melhor qualidade e criaram mais perigo, mas tiveram no guarda-redes Denis um obstáculo difícil de ultrapassar. O brasileiro do Gil foi o melhor na etapa inicial, com um GoalPoint Rating de 7.1, fruto de três defesas, uma delas a grande penalidade, e todas a disparos na sua grande área
- O Gil reentrou em campo perigoso e quase chegou ao golo aos 49 minutos, mas Bozhidar Kraev desperdiçou uma excelente ocasião. Do outro lado o mesmo não aconteceu, com Pizzi a redimir-se da grande penalidade desperdiçada.
- Aos 53 minutos, o médio surgiu ao segundo poste, na sequência de um canto da direita, para rematar de primeira para um tento de belo efeito, ao terceiro remate benfiquista desde o intervalo, primeiro enquadrado.
- Com o 2-0, o jogo perdeu um pouco de intensidade, pois o Gil sentiu o golpe e o Benfica mostrou-se mais inclinado a esperar pela subida contrária. Por volta dos 65 minutos não se haviam verificado mais remates desde o tento de Pizzi, sendo que as “águias” apresentavam 58% de posse de bola e apenas três acções com bola na grande área contrária.
- Aos 70 minutos, Kraev passou Vlachodimos e, de ângulo muito apertado, não conseguiu facturar, o melhor lance do Gil na partida. E aos 80 minutos a ideia que vingava era a de que o Benfica tinha o jogo controlado, com um domínio territorial consistente, mas não sufocante, cinco remates desde o intervalo (só um enquadrado) contra três do Gil (um com boa direcção).
O melhor em campo GoalPoint
O jogo praticamente só deu Benfica em termos de prestações individuais, com excepção para Rodrigo e Denis, o guarda-redes do Gil que foi o melhor da primeira parte. Mas na segunda, vários jogadores das “águias” melhoraram o seu rendimento.
O melhor GoalPoint Rating, um relevante 7.2, pertenceu a Álex Grimaldo, o lateral-esquerdo que está a melhorar de jornada para jornada.
Nesta partida, o espanhol foi, a seguir a Taarabt, o jogador com mais acções com bola (109), e somou uma assistência em dois passes para finalização, teve sucesso em dois de cinco cruzamentos, completou cinco de sete tentativas de drible (três no último terço) e registou 13 recuperações de posse.
Jogadores em foco
- Pizzi 6.7 – Aquele penálti desperdiçado e a ocasião flagrante desperdiçada ainda na primeira parte acabaram por impedir que Pizzi tivesse sido o melhor em campo. Ainda assim, o médio fez um golo em quatro remates (três enquadrados), registou dois passes para finalização e somou 97 acções com bola.
- Adel Taarabt 6.7 – O marroquino não pára de surpreender e acabou com apenas menos uma centésima de rating que Pizzi, fruto de uma exibição muito conseguida. O passe para André Almeida, que antecedeu o 1-0, vale um bilhete para “a bola”, e no final o médio registou cinco dribles completos em sete tentativas, o máximo de acções com bola (119) e ainda sete recuperações de posse e quatro desarmes.
- Rodrigo 6.6 – O central teve muito trabalho perante a avalancha ofensiva do Benfica, e acabou por ser o melhor do Gil, com oito recuperações de posse e 12 acções defensivas, entre elas cinco intercepções e quatro alívios.
- Denis 6.6 – O guarda-redes do Gil foi o melhor da primeira parte e um dos melhores da sua equipa no final. Para além de uma grande penalidade defendida, o brasileiro fez um total de três defesas, todas a remates na sua grande área.
- Rafa Silva 6.1 – Menos exuberante do que em outras partidas, o extremo benfiquista destacou-se pelas tentativas de drible, nada menos que dez, embora só tenha completado quatro, duas delas no último terço. Criou ainda uma ocasião flagrante de golo em dois passes para finalização.
- Ljubomir Fejsa 6.0 – O sérvio regressou à equipa por força da lesão de Florentino e esteve em bom plano, tendo falhado somente três de 97 passes, somado 102 acções com bola e quatro desarmes.
Resumo
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