Boavista 1-1 Sporting | Duelo felino de portas fechadas

O Sporting foi ao Estádio do Bessa perder mais dois pontos. Após a derrota em casa com o Rio Ave na ronda anterior, que valeu o despedimento a Marcel Keizer, Leonel Pontes estreou-se no banco leonino com um empate 1-1 frente ao Boavista.

O “leão” dominou amplamente, mas sentiu muitas dificuldades para rematar e entrar na área contrária, terminando com 12 disparos, oito deles de fora da área, pelo que a resposta ao tento madrugador dos homens da casa só chegou na segunda parte, num livre de Bruno Fernandes – pouco para inverter um resultado que não interessava aos lisboetas.

O médio acabou expulso, numa partida em que uma das estreias leoninas esteve em bom plano e em que as duas formações fecharam bem as portas das suas áreas – 14 remates de longa distância.

O jogo explicado em números

  • Início auspicioso para o Boavista. Logo aos sete minutos, Marlon fez o 1-0, na exemplar cobrança de um livre directo, naquele que foi o primeiro remate do jogo. Este facto contrastava com alguns números do encontro, em especial na posse de bola, uma vez que o Sporting chegou ao primeiro quarto-de-hora com 80% nesta variável, bem como 89% de eficácia de passe, contra 55% do Boavista. Contudo, apenas os “axadrezados” registavam remates (2).
  • O Sporting reagiu, manteve o domínio e chegou à meia-hora com os mesmos remates (3) e enquadrados (1) que o Boavista, e com o reforço Yannick Bolasie – o “leão” mais adiantado no terreno – a dar trabalho à defensiva contrária, graças à sua velocidade e forma física, já com três remates nesta fase.
  • O autor do golo, Marlon, era o jogador em maior destaque nesta altura do encontro, com um rating de 7.1, pelo golo que marcou de bela execução, mas também pelo passe para finalização que realizara.
  • O Boavista foi conseguindo acertar melhor as marcações às movimentações leoninas nos derradeiros minutos da primeira parte, só permitiu mais um remate aos visitantes, por intermédio de Bruno Fernandes, sendo que sete dos nove remates do jogo nesta fase havia acontecido de fora das duas áreas.
  • Vantagem das “panteras” ao descanso, suportada pela capacidade para chegar com algum perigo junto da baliza sportinguista, mais do que pela posse de bola, que não passou dos 29%, ou pela qualidade no passe (62% de eficácia). O Sporting esteve sempre por cima no jogo, mas, ainda assim, chegou ao intervalo com os mesmos cinco remates do Boavista e menos um enquadrado (2-1). O melhor nesta fase era o lateral boavisteiro Marlon Xavier, com um GoalPoint Rating de 7.0, ele que fez o único golo do jogo, bem como um passe para finalização, um cruzamento eficaz e três intercepções.
  • Nada mudou nos primeiros 15 minutos da segunda parte, apesar de Jesé Rodríguez ter sido lançado ao intervalo para o ataque leonino. O Sporting chegou à hora de jogo com 72% de posse de bola, mas apenas um disparo no segundo tempo, contra dois do Boavista. Mas ao segundo, o “leão” marcou.
  • Aos 62 minutos, na marcação de um livre directo, Bruno Fernandes rematou, a bola desviou em Gustavo Sauer e traiu o guarda-redes Rafael Bracali. Ao sétimo disparo na partida, segundo enquadrado, o “leão” empatava.
  • O Sporting motivou-se com o golo e ampliou o seu domínio, chegando aos 70 minutos com 73% de posse e cinco remates no segundo tempo (um enquadrado), mas somente duas acções com bola na área boavisteira (ainda assim mais uma que os homens da casa). Os remates de longa distância continuavam a ser a arma das duas formações.
  • Nos últimos dez minutos, o “leão” manteve o domínio, mas o Boavista passou a ter mais espaço para contra-atacar, criando alguns lances de perigo. E já nos descontos, Bruno Fernandes viu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando a formação de Alvalade mais longe do almejado golo da vitória.

O melhor em campo GoalPoint

A estrela do Sporting, Bruno Fernandes, acabou expulsa a quatro minutos dos 90, por duplo amarelo. Contudo, havia feito o suficiente até então para merecer o destaque de homem do jogo.

O médio terminou a partida com um GoalPoint Rating de 7.8, pelo golo que marcou, mas também por outros números muito importantes na manobra ofensiva leonina. Bruno enquadrou dois de três remates (todos de fora da área), fez cinco passes para finalização, completou quatro de seis tentativas de drible (todas as eficazes no último terço) e foi o elemento mais em jogo, com 101 acções com bola.

Jogadores em foco

  • Marlon Xavier 7.3 – O melhor jogador do Boavista, o segundo melhor rating da partida. O brasileiro fez o golo da equipa da casa, logo a abrir, num belo livre directo, realizou um passe para finalização e esteve muito bem a defender, com quatro intercepções.
  • Neris 6.7 – Um dos três centrais boavisteiros, Neris esteve sólido, em especial nos lances pelo ar, tendo ganho três dos quatro duelos aéreos defensivos em que participou, e ainda somou 14 acções defensivas, entre elas quatro desarmes e seis alívios.
  • Marcos Acuña 6.2 – O argentino apresenta-se em boa forma nesta fase da época, tendo estado muito bem defensivamente e a encarrilar jogo pelo flanco esquerdo. Para além de oito acções defensivas – metade das quais desarmes -, Acuña completou as três tentativas de drible, duas delas no último terço, e ainda ganhou dois de cinco duelos aéreos defensivos.
  • Fabiano 6.2 – Outro central boavisteiro em bom plano. O brasileiro somou 14 acções defensivas, cinco delas desarmes e outras tantas intercepções, tendo pecado somente nos dribles que consentiu (também cinco).
  • Yannick Bolasie 5.8 – O reforço deste mercado de Verão estreou-se a titular, como homem mais adiantado, e mostrou pormenores positivos, tendo sido um dos “leões” mais activos e objectivos. O congolês foi o mais rematador da partida, com cinco disparos, um enquadrado e outro que acertou ainda na barra, e ganhou três de quatro duelos aéreos ofensivos.
  • Jesé Rodríguez 4.7 – Os olhos estavam postos no espanhol, uma das figuras do mercado de transferências na Liga portuguesa. Porém, o atacante – que entrou ao intervalo e fez toda a segunda parte – mostrou que não está ainda nas melhores condições físicas, não registando qualquer remate nem drible eficaz e perdendo nove das 24 vezes em que teve a bola.

Resumo

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