O FC Porto respondeu ao triunfo do Benfica no sábado em Moreira de Cónegos com a quinta vitória consecutiva na Liga, na recepção ao Santa Clara, por 2-0.
Num jogo morno, com uma segunda parte mal jogada e sem lances de perigo, o embate valeu pela excelente entrada dos portistas em campo, com domínio e futebol de ataque que os açorianos nunca conseguiram verdadeiramente travar.
Zé Luís voltou a marcar, com César Martins a fazer autogolo ainda no primeiro tempo, isto num desafio em que os “azuis-e-brancos” fizeram mais do dobro das faltas dos visitantes. E vão cinco vitórias consecutivas para o Porto.
O jogo explicado em números
- Grande pressão do FC Porto nos minutos iniciais da partida, com muita bola e remates. Por isso, logo aos 15 minutos chegou à vantagem, através de Zé Luís. Danilo cruzou da direita e o ponta-de-lança foi mais rápido a acorrer à bola, cabeceando para o 1-0. Nesta altura, os “dragões” registavam 66% de posse de bola e cinco remates, três deles enquadrados.
- O Santa Clara foi incapaz de reagir ao revés, não passando dos 34% de posse de bola à passagem da meia-hora, e na frente de ataque não registava qualquer remate nesta fase. Ao invés, os portistas já somavam quatro disparos enquadrados em sete, para além de quatro cantos contra nenhum dos açorianos e 86% de eficácia de passe (67% dos visitantes).
- O golo de Zé Luís mantinha o cabo-verdiano na liderança dos ratings, com 6.7, fruto também dos três remates realizados, dois enquadrados, e de um passe para finalização. O melhor do Santa Clara era o seu guarda-redes, Marco, com três defesas, duas a remates na sua grande área.
- O Porto continuava perigoso e chegou ao 2-0 aos 41 minutos. Jesús Corona cobrou um livre da direita e, na tentativa de cortar o lance, o central César Martins introduziu a bola na sua própria baliza.
- A primeira parte foi uma espécie de cliché do futebol português. O “grande”, a jogar em casa, mandou, criou perigo, marcou com alguma facilidade e não teve praticamente oposição por parte do Santa Clara, que não só mostrou-se permeável a defender, como ofensivamente pouco mais fez do que um remate, e sem a melhor direcção.
- O melhor em campo nesta fase era Zé Luís, com um GoalPoint Rating de 6.7, com um golo, três remates, dois deles enquadrados, e um passe para finalização.
- No arranque do segundo tempo os papéis inverteram-se um pouco em termos ofensivos. À passagem da hora de jogo o Santa Clara registava três remates, um deles enquadrado, desde o intervalo, enquanto o Porto somava apenas uma tentativa para alvejar a baliza contrária, sem a melhor direcção. Contudo, a posse continuava a pertencer aos “azuis-e-brancos”, com 62% nesta fase.
- Por volta dos 70 minutos o jogo estava morno e sem grandes motivos de interesse. Os portistas continuavam senhores da bola, com 60% de posse no segundo tempo, mas já com cinco remates, dois enquadrados, e uma grande apetência para atacar pelo flanco direito (60% de lances por esse flanco desde o descanso).
- O jogo tornou-se um pouco quezilento, com o Porto a realizar muitas faltas, mais do dobro do Santa Clara. Os lances de perigo desapareceram do relvado do Dragão, pelo que o resultado não voltaria a sofrer alterações.
O melhor em campo GoalPoint
O jogo começou bem para o Porto, que atacou cedo a baliza açoriana e marcou ao quarto-de-hora, por um suspeito que começa a ser do costume. Zé Luís abriu o activo e foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.5.
O ponta-de-lança fez sete dos 19 remates dos “dragões”, enquadrou quatro deles, fez dois passes para finalização e ganhou dois de cinco duelos aéreos ofensivos. Saiu aos 78 minutos, mas já tinha cumprido a sua missão.
Jogadores em foco
- Otávio 6.4 – O brasileiro voltou a estar em grande plano, partindo do flanco direito, o mais usado pelo Porto para encetar lances de ataque (42%). Para além de um cruzamento eficaz em quatro, o médio completou as três tentativas de drible (duas no último terço) e ainda fez três desarmes.
- Moussa Marega 6.3 – O maliano ficou em branco, mas deixou a sua marca no jogo, com três passes para finalização e uma grande facilidade para ultrapassar adversários, registando quatro dribles eficazes em cinco. E ainda ajudou o colectivo com três desarmes.
- Marco Pereira 6.3 – Num encontro em que o Porto chegou aos 19 remates e atacou muito mais, não espanta que o melhor dos visitantes tenha sido o seu guarda-redes. Marco realizou seis defesas, três delas a remates na sua grande área.
- Fábio Cardoso 6.2 – O central dos açorianos teve muito trabalho, terminando o jogo no Dragão com dez acções defensivas, com destaque para três intercepções e outros tantos bloqueios de remate. E nos lances ofensivos subiu para ganhar quatro de seis duelos aéreos.
- Danilo Pereira 6.2 – Não é hábito ver Danilo num dos flancos ganhar espaço com uma simulação e cruzar para um golo de um colega, mas foi mesmo isso que aconteceu aos 15 minutos, quando assistiu Zé Luís para o 1-0. O jogo retraído do Santa Clara permitiu-lhe rematar três vezes e na retaguarda fez quatro desarmes.
- Jesús Corona 6.1 – O mexicano parece definitivamente adaptado à posição de lateral-direito, tendo realizado mais um bom jogo. Para além de três passes para finalização, Corona registou um cruzamento eficaz em três, completou uma de duas tentativas de drible e somou três intercepções.
Resumo
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