Rio Ave 0-1 Porto | Oitava vitória seguida nas asas de Marega

O FC Porto somou três importantes pontos na visita ao Rio Ave, um terreno tradicionalmente difícil e que, na época passada, terminou empatada e contribuiu decisivamente para a perda do título por parte dos “dragões”.

Uma boa entrada em campo, com um golo de Moussa Marega logo aos 12 minutos, foi o suficiente para a vitória do Porto (1-0), que dominou no primeiro tempo e controlou as operações no segundo, limitando as acções ofensivas contrárias.

Com este resultado, os “azuis-e-brancos” colaram-se ao Benfica no segundo lugar e o maliano decidiu, logo frente à sua “vítima” favorita na Liga.

O jogo explicado em números

  • O jogo arrancou com superioridade do FC Porto e uma ocasião flagrante desperdiçada logo aos dois minutos, por Moussa Marega, mas o maliano redimiu-se aos 12, através de um cabeceamento na sequência de um canto da esquerda cobrado por Alex Telles. Ao terceiro remate, segundo enquadrado, os “dragões” colocavam-se na frente.
  • O domínio portista era claro à passagem do primeiro quarto-de-hora, registando 71% de posse de bola, 90% de eficácia de passe (contra 71% dos homens da casa) e, acima de tudo, uma maior competência nos duelos individuais, com 13 ganhos em 20.
  • O Rio Ave soube reagir, mas não com qualidade. Com 35% de posse de bola à passagem da meia-hora, os vila-condenses remataram três vezes desde o golo portista, contra uma dos visitantes, e chegaram aos quatro disparos, mas sem conseguirem enquadrar nenhum. Os “dragões” registavam seis remates, todos de dentro da grande área contrária, dois com boa direcção.
  • As duas equipas mostravam predilecção por um dos flancos de ataque. O Rio Ave atacava 54% das vezes pelo lado esquerdo (32% pelo esquerdo), enquanto o Porto preferia o direito, com 53%, equilibrando depois a escolha entre a ala esquerda e o a faixa central.
  • Vantagem portista na primeira parte totalmente sustentada no amplo domínio territorial, com reflexo na posse de bola que, ao descanso, chegava aos 65%.
  • No ataque as duas equipas equiparavam-se no número de remates, mas na eficácia dos mesmos, só os “dragões” registavam enquadrados nesta altura, muito por culpa do facto de os visitantes terem realizado todas as suas tentativas dentro da grande área contrária.
  • O melhor em campo nesta fase era Marega, com um GoalPoint Rating de 6.6. O maliano falhou uma ocasião flagrante logo a abrir, mas acabaria por marcar pouco depois, terminando a etapa inicial com um passe para finalização e um drible completo.
  • Os anfitriões conseguiram pegar nas rédeas após o reatamento, chegando à primeira hora de jogo com 54% de posse e um remate desde o descanso (o mesmo que o Porto, que continuava mais competente no disparo).
  • Também nos duelos (62% ganhos) os da casa registaram melhorias, tal como no passe (80% certos). Aos 63 minutos, Mehdi Taremi chegou mesmo a marcar, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo.
  • Apenas aos 85 minutos o Rio Ave conseguiu o seu primeiro remate enquadrado, à oitava tentativa, segunda do segundo tempo, de nada valendo a maior posse de bola (58%) que continuava a registar desde o intervalo.
  • Os vila-condenses terminaram a partida a pressionar intensamente, com o chamado “chuveirinho”, as a defesa portista soube lidar de forma irrepreensível com esse futebol. mostrando a consistência defensiva que a caracteriza.

O melhor em campo GoalPoint

Num jogo repartido e sem grandes destaques individuais, Moussa Marega acabou por terminar a partida com o GoalPoint Rating mais elevado, um 6.8, fundamentalmente porque foi o elemento desequilibrado no ataque do Porto e o autor do único tento da partida.

O maliano fez três remates, dois deles enquadrados, realizou três passes para finalização, completou duas de quatro tentativas de drible (ambas no último terço) e ainda ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos.

Jogadores em foco

  • Matheus Reis 6.6 – O segundo melhor em campo e o melhor do Rio Ave. O lateral-esquerdo teve muito trabalho, pelo facto de ter enfrentado Otávio e Jesús Corona no flanco mais utilizado pelos portistas para atacar. O brasileiro foi o segundo mais interveniente na partida, com 84 acções com bola, completou as duas tentativas de drible e somou dez recuperações de posse, segundo valor mais alto.
  • Aderllan Santos 6.5 – Bom jogo do central brasileiro, apesar de ter sido batido por Marega no lance do golo. Aderllan ganhou metade dos seis duelos aéreos defensivos em que participou e somou 17 acções defensivas, entre elas cinco desarmes e nove alívios.
  • Alex Telles 6.4 – O lateral voltou a ser decisivo nas bolas paradas. Na sequência de um canto da esquerda fez a assistência para o único tento da partida, em dois passes para finalização e ainda acertou uma vez na barra. Nos cruzamentos, teve eficácia nos dois que realizou e, na retaguarda, fez três intercepções.
  • Agustín Marchesín 5.9 – O guarda-redes argentino foi um dos melhores do Porto no desempenho objectivo, mas não pelas defesas que realizou ou os golos que evitou. Aliás, fez só uma, mas teve outros momentos – que demonstram a profundidade de análise dos GoalPoint Ratings – em que mostrou qualidade, nomeadamente nas entregas. Ao todo tentou 17 passes longos e teve eficácia em oito, e somou assinaláveis 11 passes progressivos certos. Importante nos primeiros momentos de construção.
  • Matheus Uribe 5.8 – O colombiano raramente dá nas vistas, mas os números finais mostram uma história de entrega e competência. Ao todo o médio recuperou 12 vezes a posse de bola, o valor mais alto da partida, e pecou apenas pela ocasião flagrante que desperdiçou.
  • Jesús Corona 5.8 – Mais uma exibição positiva do mexicano, que saiu perto da hora de jogo devido a lesão. Contudo, já tinha deixado a sua marca, com 95% de eficácia de passe, três dribles completos em quatro tentativas (duas no último terço) e superioridade nos dois duelos aéreos defensivos em que participou.

Resumo

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