O calor extremo e a humidade estão a condicionar o desempenho dos atletas, levando a que alguns desistam mesmo da competição.
O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo considera que foi um erro organizar o campeonato mundial em Doha, no Qatar, revelando que a humidade e o calor extremos estão a levar muitos atletas a necessitar de assistência médica e a desistir da competição.
“Foi um erro fazer-se um campeonato do mundo nestas condições. São condições mesmo extremas. Já tenho alguma experiência nalguns pontos do mundo e, desportivamente, nunca tinha encontrado estas condições”, afirma à TSF Jorge Vieira.
“Atinge um nível de exigência que algumas pessoas dizem que é desumano”, acrescenta o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, considerando que é preciso preparar antecipadamente os atletas para estas condições.
Jorge Vieira lamenta que estas mesmas condições extremas se traduzam na existência de estádios vazios durante as provas e antecipa que esta situação serve de lição para Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, cidade onde as circunstâncias serão semelhantes.
“Se nos próximos Jogos Olímpicos os estádios não tiverem ar condicionado, o caso é muito sério. Será muito complicado e exigirá uma preparação prévia muito cuidada”.
Este domingo, o marchador João Vieira conseguiu a primeira medalha para Portugal neste campeonato mundial, tendo alcançado o melhor resultado da carreira e tornando-se o mais velho medalhado de sempre nos mundiais (duas medalhas).
O atleta português terminou a prova com o tempo de 4.04.59 horas, ficando apenas atrás do japonês Yusuke Suzuki e à frente do canadiano Evan Dunfee. A prova foi realizada durante a noite, precisamente para minimizar os efeitos do calor, no entanto, estavam na mesma temperaturas superiores a 30 graus.
No setor feminino, Inês Henriques, atual campeã mundial em título, desfaleceu e desistiu já nos últimos dez quilómetros da prova.
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