O FC Porto averbou a primeira derrota na fase de grupos da Liga Europa 2019/20.
Na visita ao Feyenoord, em jogo da segunda jornada, os “dragões” saíram batidos por 2-0, num jogo ingrato para a formação portuguesa, que dominou e criou lances suficientes para marcar por mais do que uma vez, em especial na segunda metade da etapa complementar.
A ineficácia ofensiva dos portistas fica patente na conjugação de dois detalhes do jogo: apesar de ter registado 2,4 expected goals (xG), o Porto não foi além de dois remates enquadrados em 14 e desperdiçou cinco ocasiões flagrantes.
O jogo explicado em números
- Entrada personalizada do Porto na partida, a assumir o domínio no primeiro quarto-de-hora, com 58% de posse de bola e o único remate do desafio, embora sem a melhor direcção. Muito faltosa a equipa da casa, a cometer cinco infracções nesta fase, ao tentar imprimir agressividade e intensidade ao seu jogo.
- A superioridade portista manteve-se no período seguinte, com Zé Luís a estar perto de marcar aos 20 minutos, após cruzamento de Alex Telles, enquanto o Feyenoord aplicava grande velocidade nas suas transições e realizou o seu primeiro remate aos 25 minutos, por Ridgeciano Haps. Por volta da meia-hora o cenário era de mais bola para o Porto (56%), mas com os holandeses a somarem os mesmos dois remates que os portugueses e o único enquadrado.
- Alex Telles era o melhor em campo nesta fase, com um rating de 6.1, ele que já havia criado duas ocasiões flagrantes nos dois passes para finalização que realizara. O português Edgar Ié estacava-se nos anfitriões, com 5.6, com dois desarmes e três recuperações de posse.
- Na sequência de um canto, Kenneth Vermeer negou a Pepe, que cabeceou ao primeiro poste, o primeiro golo do jogo, perto dos 36 minutos, numa altura em que os “dragões” já haviam estancado grande parte do jogo de transições do seu adversário.
- Primeiro tempo com nulo lisonjeiro para o Feyenoord, que sentiu muitas dificuldades para se libertar de um FC Porto dominador e mais perigoso.
- As melhores oportunidades desta primeira metade pertenceram à formação portuguesa, que desfrutou das duas ocasiões flagrantes até ao descanso, desperdiçadas por Zé Luís e Shoya Nakajima.
- O grande municiador do ataque portista foi Alex Telles, que criou essas suas ocasiões e foi o melhor em campo nesta fase, com um GoalPoint Rating de 6.5.
- O Feyenoord não quis saber de justiças ou injustiças e arrancou a segunda parte com o golo inaugural, logo aos 49 minutos. Numa jogada de insistência, a bola chegou a Jens Toornstra e o médio holandês colocou a bola junto ao poste mais distante. Ao segundo remate na segunda parte, os homens da casa chegavam à vantagem. E aos 53, Marchesín fez uma defesa fantástica a remate de Toornstra, que quase bisou.
- Era momento de o Porto atacar a baliza do Feyenoord e, chegada a hora de jogo, os “dragões” tinham 57% de posse de bola no segundo tempo, mas ainda nenhum remate, contra quatro dos holandeses, todos enquadrados. Otávio, porém, deixou um sinal ao acertar na barra da baliza anfitriã na conversão de um livre. Aos 64 foi a vez de Steven Berghuis atirar ao ferro.
- Por volta dos 70 minutos, o Feyenoord continuava a ser a equipa mais perigosa, com seis remates no segundo tempo, quatro com boa direcção, o Porto apenas com dois, nenhum enquadrado. Os “dragões” atacavam quase sempre pelo lado direito (51%) no segundo tempo, mas era pelo meio que a equipa criava perigo, com Luis Díaz a acertar na barra aos 74 minutos, num disparo em cima da marca dos 11 metros.
- Em mais uma de muitas transições rápidas, aos 80 minutos, o Feyenoord ampliou para 2-0. O lateral-direito Rick Karsdorp flectiu para o meio, avançou vários metros, toda a equipa do Porto demorou a reagir e o defesa entrou na grande área como quis para marcar, naquele que foi o sétimo remate holandês no segundo tempo, quinto enquadrado. Um rude golpe para o “dragão” que, ainda assim, voltou a acertar no ferro por Soares, em cima do minuto 90.
O melhor em campo GoalPoint
Com a eficácia apresentada pelo Feyenoord e os seus jogadores, é com naturalidade que o melhor em campo tenha sido da equipa anfitriã, embora o segundo melhor tenha estado muito perto e vestiu de azul-e-branco.
O lateral-direito Rick Karsdorp acabou por ser verdadeiramente decisivo, terminando com um GoalPoint Rating de 7.4. O holandês fez um golo, o 2-0, na sequência de um excelente lance individual, e registou nove recuperações de posse e três desarmes.
Resumo
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