O administrador para a área financeira do FC Porto SAD, Fernando Gomes, considerou esta quinta-feira que o Sporting, perante a reestruturação da sua divida à banca, “está a ter alguns apoios que não são permitidos a outros clubes”.
Questionado sobre se a reestruturação poderia ser desleal para os ‘rivais’ FC Porto e Benfica, Fernando Gomes, que falava durante a apresentação das contas finais do exercício de 2018/19 da SAD portista, no Estádio do Dragão, não se inibiu de responder.
“Não quero estar a falar da situação do Sporting. Espero que o Sporting faça o que for possível para resolver a sua situação. A verdade é que o Sporting está a ter alguns apoios que não são permitidos a outros clubes“, disse.
Em causa está a reestruturação financeira realizada pelo clube de Alvalade, divulgada quarta-feira num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “A Sporting Clube de Portugal – Futebol SAD vem informar que foram formalizadas as alterações aos contratos de financiamento entre o Grupo Sporting e os bancos Millennium BCP e Novo Banco”, revela a nota.
No documento, a SAD ‘leonina’ informa que ficou acordada a “opção de compra dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC): alteração dos termos da opção de compra dos VMOC, tendo sido fixado um preço unitário fixo correspondente a 0,30 cêntimos por VMOC, obrigatoriamente extensível à totalidade dos VMOC denominados ‘Valores Sporting 2010’ e ‘Valores Sporting 2014’, que sejam detidos pelos bancos à data do exercício da opção de compra, sujeito à obrigação de utilização exclusiva dos saldos futuros das Contas Reserva para aquisição de VMOC”.
As partes decidiram ainda pela alteração de diversas condições de reembolso obrigatório e reforço das Contas Reserva, nomeadamente “a redução da percentagem de afetação de fundos do ‘excesso de vendas de passes de jogadores’ de 50% para 30%, na proporção de 15% ao reembolso antecipado obrigatório e 15% ao reforço das Contas Reserva”.
Além desta redução, foi ainda decidido reduzir a percentagem do mecanismo de ‘cash sweep’ de 60% do ‘cash flow’ disponível, após serviço da dívida permitida, para 30%, a afetar na proporção de 15% ao reembolso antecipado obrigatório e 15% ao reforço das Contas Reserva”.
A nota finaliza com os ‘leões’ a darem conta de que, no âmbito do acordo, “o Grupo Sporting procedeu à regularização de todas as obrigações pecuniárias vencidas, encontrando-se assim em cumprimento perante os bancos”.
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