A violência dos protestos na Catalunha está a fazer com que a Liga e a Federação de futebol espanholas repensem a ideia de o clássico entre Barcelona e Real Madrid se realizar em Camp Nou.
O clássico entre o FC Barcelona e o Real Madrid está marcado para o próximo dia 26, em Camp Nou, mas com o caos instalado na cidade catalã — devido aos protestos contra a sentença dos políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência de 2017 — surge a possibilidade de a partida ser alterada ou até mesmo adiada.
Segundo a imprensa espanhola, a Liga já pediu à Federação (RFEF) para que o jogo se realize primeiro na capital espanhola, no Estádio Santiago Bernabéu. Desta forma, na segunda volta a partida seria em Barcelona, numa data entre 29 de fevereiro e 1 de março.
O El Mundo, citado pelo Jornal Económico, escreve que o Real Madrid não está especialmente aberto a esta mudança e, se a segurança não estiver garantida, prefere que o jogo seja suspenso e reagendado para outra data.
Por sua vez, o FC Barcelona rejeita disputar o confronto já agendado na casa do principal rival e, caso não estejam reunidas as condições, também quer que a partida seja suspensa.
De acordo com o Mundo Deportivo, citado pela Renascença, o Conselho Superior de Desporto (CSD) considera que “não é razoável manter essa partida tal como está previsto”.
A imprensa avança ainda que o jogo poderá ser adiado para dezembro. A decisão final deverá ser tomada e conhecida na próxima semana.
Na segunda-feira o Supremo Tribunal espanhol condenou nove independentistas catalães a penas de prisão entre os nove e os 13 anos. Em reação, o FC Barcelona criticou esta decisão, lembrando que “a prisão não é solução”.
O Barça manifestou ainda “apoio e solidariedade às famílias” e pediu a todos os responsáveis políticos que iniciem “um processo de diálogo e negociação” para resolver o conflito, que conduza à libertação destes políticos.
Os independentistas foram na sua maioria condenados por crime de sedição e desvio de fundos públicos, uma decisão esperada, que afasta o crime de rebelião defendido pelo Ministério Público, que tinha penas de prisão maiores.
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