Balakov deixa cargo de selecionador da Bulgária

O treinador Krasimir Balakov deixou nesta sexta-feira o cargo de seleccionador de futebol da Bulgária, na sequência da goleada (6-0) sofrida na recepção à Inglaterra, num jogo de qualificação para o Euro 2020 marcado por comportamentos racistas dos adeptos locais.

A Federação Búlgara de Futebol anunciou a saída de Balakov, de 53 anos, antigo jogador do Sporting, que estava há menos de cinco meses no cargo, após uma reunião do Comité Executivo.

Balakov abandona a seleção búlgara quatro dias depois da goleada sofrida em Sófia frente à seleção inglesa, e três dias depois da demissão do presidente da federação, Borislav Mihaylov, também antigo futebolista, que representou o Belenenses.

Na quinta-feira, a Comissão de Disciplina da UEFA anunciou que vai examinar o caso no dia 28 de outubro, depois de ter aberto um processo disciplinar, que abrange também “o lançamento de objectos, perturbações durante o hino nacional e as repetições no ecrã gigante”.

O encontro de segunda-feira ficou marcado pelos persistentes insultos do público búlgaro a vários jogadores ingleses, entre eles Tyrone Mings, Marcus Rashford e Raheem Sterling, que levaram o árbitro a interromper duas vezes a partida.

Vasil Levski, Tyrone Mings e Marcus Rashford, jogadores titulares na partida, foram chamados de “macacos” e alvo de cânticos ofensivos que terão começado ainda no aquecimento.

O capitão da Bulgária, Ivelin Popov, foi visto numa discussão acesa com alguns adeptos perto do túnel, quando as equipas saíram para o intervalo. O treinador da seleção búlgara, Krasimir Balakov, negou as acusações de racismo, dizendo que não ouviu os cânticos e que estes alegados abusos devem ser, antes de mais, “provados”.

Além dos insultos contra alguns futebolistas ingleses, foram também visíveis nas imagens da transmissão televisiva que os adeptos da seleção anfitriã presentes no Estádio Nacional Vasil Levski, em Sófia, efetuaram saudações nazis.

Greg Clarke, presidente da Associação de Futebol, considerou que a noite desta segunda-feira foi “uma das noites mais terríveis” que já viu no futebol. A polémica levou mesmo à demissão do presidente da União Búlgara de Futebol, Borislav Mihaylov.

Já depois de Borislav Mihailov se ter demitido da presidência da federação da Bulgária, uma unidade da estrutura policial que luta contra o crime organizado no país entrou esta terça-feira na sede da federação, em Sófia, e após duas horas de buscas, saiu do edifício com cinco pessoas detidas.

[sc name=”assina” by=”ZAP” source=”Lusa” ]


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