Morreu Marieke Vervoort, de 40 anos, que sofria de uma doença muscular degenerativa sem cura. Decidiu pôr termo à vida com recurso à morte assistida.
A belga era campeã paralímpica com conquistas de medalhas de ouro e prata nos Jogos Paralímpicos de Londres em 2012 e do Rio de Janeiro em 2016, a correr em cadeira de rodas.
Marieke Vervoort já tinha assinado os papéis que autorizavam um médico a pôr-lhe termo à vida. A desportista sofria de doença muscular degenerativa sem cura e que lhe causava dores permanentes, convulsões e paralisia da pernas.
De acordo com a BBC, a decisão de Marieke Vervoort foi pensada e tratada antes dos Jogos Paralímpicos de Londres e Rio de Janeiro. Em 2008, a antiga atleta tratou da documentação para ter uma morte assistida quando as dores fossem insuportáveis.
A BBC recorda declarações de Marieke Vervoort em 2016, quando admitiu que tinha ataques epiléticos, com muitas dores. “Preciso de muitos analgésicos, valium e morfina”, confessou. “É um sossego. Sei que, quando não aguentar mais, tenho esses papéis”, contou à emissora britânica.
“Muitas pessoas perguntam-me como é possível ter tão bons resultados e ainda sorrir com tanta dor e medicação que me devoram os músculos. Para mim, o desporto e a corrida em cadeira de rodas é uma espécie de medicação“, disse.
Em 2017, a atleta admitiu que a dor da sua condição estava a tornar-se insuportável. Na terça-feira, Marieke Vervoort decidiu seguir o caminho de morte assistida permitida na legislação da Bélgica.
A sua decisão reacendeu o debate sobre suicídio assistido, prática que é legalizada na Bélgica desde 2012, para todos que exibem uma condição incurável, dor intolerável, capacidade racional de tomada de decisão e o consentimento de dois médicos.
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