FC Porto 1 vs 1 Rangers | “Dragão” cede empate e cai para terceiro

O FC Porto não foi além de um empate 1-1 em casa com o Rangers, da Escócia, em jogo do Grupo G da Liga Europa.

Os “azuis-e-brancos” começaram bem a partida, a dominar, e marcaram primeiro, num grande golo de Luis Díaz, mas acabaram por permitir o empate de Alfredo Morelos em cima do intervalo e, na segunda parte, perderam o domínio da partida. A equipa comandada por Steven Gerrard teve mais bola na etapa complementar e criou muito perigo, com o “dragão” a ameaçar marcar apenas nos derradeiros minutos. Com este resultado, o Porto cai para terceiro, com quatro pontos, os mesmos do Rangers, e menos dois que o Young Boys.

O jogo explicado em números

  • Arranque de jogo bem animado, com futebol aberto e espaço para as equipas atacarem. Muito mais bola para o FC Porto no primeiro quarto-de-hora, cerca de 64%, e o único remate do encontro, desenquadrado, mas os escoceses conseguiam colocar vários jogadores na frente em transições rápidas.
  • O cenário não mudou muito no quarto-de-hora seguinte. Porto com mais bola, mas com dificuldade para encontrar o caminho da baliza contrária. Aos 30 minutos já as duas equipas tinham o mesmo número de remates (2), apenas os “dragões” com um enquadrado, e os portugueses tentavam muito o cruzamento, com sete de bola corrida nesta fase e 50% de ataques pelo flanco direito.
  • Jesús Corona, com 6.2, era o jogador em foco nesta fase, com dois passes para finalização, dois cruzamentos (ambos eficazes), 95% de eficácia de passe e dois dribles completos. Zé Luís estava discreto no jogo, mas aos 32 minutos cabeceou ao poste direito da baliza do Rangers.
  • Até que, aos 36 minutos, o Porto chegou ao golo. Luis Díaz, à esquerda da grande área, e de fora desta, arrancou um pontapé forte e muito colocado ao ângulo esquerdo da baliza escocesa, para um tento de belo efeito. Ao quinto remate, segundo enquadrado, o Porto chegava à vantagem.
  • O Rangers reagiu e quase marcou, na sequência de um pontapé de canto, em cima dos 40 minutos, mas o cabeceamento de Alfredo Morelos encontrou a barra da baliza de Marchesín. Mas o colombiano não falhou aos 40 minutos, após receber um cruzamento de Borna Barisic, dominando a bola na área antes de “fuzilar”. Empate ao quinto disparo escocês, primeiro com boa direcção.
  • Intervalo Igualdade no marcados na primeira parte, a premiar sobretudo a forma objectiva como o Rangers conseguia lançar contra-ataques rápidos e com bastantes elementos, a aproveitar bem as subidas dos laterais portistas, Corona e Alex Teles. Prova disso os quatro remates dentro da área do “dragão” em cinco, mais um do que o Porto conseguiu. A formação lusa teve mais bola, mas não conseguiu converter essa situação em lances de perigo. O melhor nesta fase era Luis Díaz, com um GoalPoint Rating de 6.5. O colombiano marcou um grande golo e esteve muito certo no passe, com 87% de eficácia.
  • Melhor o Rangers no reatamento, a estar perto de marcar logo no arranque, mas desta feita Marchesín negou o bis a Morelos com uma grande defesa. À passagem da hora de jogo, os escoceses registavam 67% de posse de bola no segundo tempo e os dois únicos remates, um enquadrado.
  • Morelos continuava a dar muito trabalho ao “dragão” e, aos 70 minutos, já registava o melhor rating, um 6.9, fruto de um golo e um remate ao poste em três disparos (dois com boa direcção) e muito trabalho físico e movimentações na área portista.
  • A 15 minutos dos 90 o Porto não ia além de quatro acções com bola na área do Rangers na segunda parte, pois os “dragões” não conseguiam ter bola, e quando a tinham era mais no seu meio-campo ou nas faixas laterais, não conseguindo fazer a bola chegar a zonas de finalização.
  • Aos 86 minutos, numa sequência de lances confusos na área do Rangers, Allan McGregor negou por duas vezes o golo quase certo a Tiquinho Soares e a Mateus Uribe, com duas intervenções de grande vulto. Os derradeiros instantes estavam a ser os melhores do Porto no segundo tempo, mas o Rangers conseguiu sacudir a pressão e voltou a terminar por cima, conseguindo um ponto importante.

O melhor em campo GoalPoint

O jogo estava a correr bem ao Porto até ao golo de Luis Díaz, aos 36 minutos, com o extremo – e antes Jesús Corona – a liderar os ratings. Mas a reacção do Rangers fez sobressair Alfredo Morelos, que de imediato atirou ao poste e, a seguir, empatou. O avançado colombiano foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.5, e foi uma verdadeiro “diabo” à solta. Para além do golo, Morelos fez três remates, dois enquadrados, um passe para finalização e ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos. Um quebra-cabeças.

Jogadores em foco

  • Alex Telles 6.3 – O melhor jogador do Porto. Para não variar, o lateral foi uma fonte segura de futebol de ataque, com três passes para finalização e sete cruzamentos, dois deles eficazes. Na retaguarda esteve sólido, com quatro duelos aéreos defensivos ganhos em cinco, três desarmes e quatro intercepções.
  • Glen Kamara 6.4 – Excelente o trabalho do médio finlandês no meio-campo do Rangers, filtrando muito jogo portista, o que acabou por facilitar o trabalho da defesa visitante. Para além de ter acertado 51 dos 52 passes que fez, Kamara registou nada menos que 14 recuperações de posse.
  • Luis Díaz 6.3 – Bom jogo do colombiano até ao golo (de bandeira) que marcou. Na segunda parte perdeu fulgor, tal como toda a formação portista, pelo que desapareceu um pouco do jogo.
  • Jesús Corona 6.2 – Tal como Díaz, Corona também começou bem e foi perdendo protagonismo, pelo que os seus melhores números referem-se à primeira parte. O mexicano registou dois passes para finalização, teve eficácia em três de sete cruzamentos e completou dois dribles.
  • Borna Barisic 6.1 – O croata teve muito trabalho no seu flanco, o esquerdo, mas esteve à altura dos acontecimentos, em especial a atacar. O lateral fez a assistência para o golo de Morelos, criou duas ocasiões flagrantes em três passes para finalização e teve sucesso em dois de seis cruzamentos.
  • Pepe 6.1 – Noite difícil para o central, a ter de lidar com Morelos. O internacional luso acabou por se destacar no passe, tendo terminado com 94% de eficácia, e com 19 passes longos certos em 23 e 28 passes progressivos certos.

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