Sporting 3-1 Guimarães | Triunfo com forte sotaque castelhano

O Sporting arrancou um triunfo por 3-1 frente ao Vitória de Guimarães, na estreia de Jorge Silas no banco leonino em Alvalade em jogos a contar para a Liga NOS, golos de Jesé, Acuña e Coates.

O “leão” nem sempre foi dominador – terminou, aliás, com menos posse de bola -, mas esteve quase sempre no controlo das operações, marcando dois golos na primeira parte, a aproveitar espaços concedidos pela defesa minhota.

No segundo tempo, os vimaranenses esboçaram uma reacção, atacaram mais e até reduziram, mas um erro do guarda-redes Miguel Silva acabou por decidir tudo a favor dos homens da casa. Com este resultado, o Sporting subiu ao quarto lugar por troca com o adversário deste domingo.

O jogo explicado em números

  • Início de jogo movimentado, com lances de ataque de parte a parte, mas ascendente leonino, a registar 60% de posse no primeiro quarto-de-hora e mais remates, três, um deles enquadrado, da autoria de Bruno Fernandes, contra somente um disparo dos minhotos (sem a melhor direcção).
  • Quando o Vitória começava a equilibrar um pouco as operações, com mais bola e mais tentativas de alvejar a baliza contrária, o Sporting marcou. Aos 29 minutos, um contra-ataque rápido foi conduzido por Luciano Vietto, o argentino isolou Jesé Rodríguez com um passe no tempo certo e o espanhol contornou Miguel Silva antes de atirar para o seu primeiro golo com a camisola leonina. Um tento ao quarto remate do “leão”, segundo enquadrado.
  • A meia-hora chegava a Alvalade com o Sporting na frente, a aproveitar a defesa muito subida dos vimaranenses. Nesta fase o Sporting registava 52% de posse de bola e uma eficácia de remate que o Vitória não tinha (quatro disparos, todos desenquadrados). E aos 32 minutos surgiu o 2-0.
  • Num lance no lado esquerdo, mais uma vez Vietto a conduzir e a servir Marcos Acuña na grande área, e o compatriota atirou facilmente a contar. Em apenas três minutos, o “leão” convertia em golos um domínio ligeiro, mas consistente, com excelente aproveitamento ofensivo.
  • A resposta visitante surgiu aos 37 minutos, com Davidson a rematar ao ferro da baliza leonina. Mas nesta altura o “leão” estava consistente no seu jogo, sem dar espaços na defesa e a partir com objectividade para o contra-ataque.
  • Vantagem justa do Sporting no primeiro tempo, fruto de um ligeiro ascendente sobre a formação vitoriana e, acima de tudo, pela eficácia superior no momento da finalização, com três remates enquadrados e dois golos, em cinco disparos.
  • O Vitória mostrou mais qualidade sobretudo no passe vertical, mas de resto acabou por cair na sua própria armadilha, com a defesa muito subida, a apostar no fora de jogo, a permitir que Jesé e Marco Acuña se isolassem nos dois golos dos homens da casa.
  • O melhor em campo ao descanso era precisamente Acuña, com um GoalPoint Rating de 7.0, com um golo marcado e quatro desarmes.
  • O Vitória tentou entrar bem e reagir à desvantagem, mas no primeiro quarto-de-hora do segundo tempo voltou a encontrar as mesmas dificuldades.
  • O Sporting estava consistente na defesa e no meio-campo, conseguindo ainda uma superioridade ligeira, expressa em 53% de posse de bola, mais três remates contra dois e o único enquadrado. Até aos 60 minutos, os minhotos só registavam duas acções com bola na grande área leonina, desde o descanso.
  • Mas essa persistência visitante resultou em golo aos 67 minutos. Num lance de insistência, Léo Bonatini reduziu para 2-1, numa finalização oportuna na sequência de uma defesa incompleta de Renan Ribeiro a disparo de Davidson. Um tento ao primeiro enquadrado no segundo tempo, na quinta tentativa minhota.
  • O Vitória crescia no jogo e, aos 70 minutos, já tinha mais bola (54%) e mais remates que o Sporting na etapa complementar (7 contra 3), e também maior qualidade no passe, com 82% de eficácia para fracos 72% do “leão”. E ainda havia muito jogo pela frente.
  • Só que aos 74 minutos, um erro de Miguel Silva voltou a dar vantagem de dois golos ao Sporting. Livre da direita, Sebastián Coates cabeceou, o guardião vimaranense não segurou uma bola aparentemente fácil e o central uruguaio empurrou para o 3-1. Um tento que surgiu um pouco contra a corrente do jogo.
  • O Vitória sentiu o revés e, apesar de ter continuado a atacar – registou mais quatro remates -, a equipa perdeu fulgor e crença, pelo que o “leão” conseguiu segurar a vantagem com tranquilidade.

O melhor em campo GoalPoint

O triunfo do Sporting foi construído com um misto de consistência defensiva e competência ofensiva, e ninguém mais do que Marcos Acuña reflectiu esse retrato do jogo. O argentino esteve muito bem a defender, com destaque para seis desarmes e dez recuperações de posse (ambos máximos do jogo), e no ataque desequilibrou, ao apontar um golo no único remate que realizou, e ao criar uma ocasião flagrante em quatro passes para finalização. E ainda completou três de seis tentativas de drible. Não espanta que tenha sido o MVP, com um GoalPoint Rating de 7.5.

Jogadores em foco

  • Sebastián Coates 7.4 – Desta feita, o uruguaio decidiu bem e nas balizas certas, neste regresso do Sporting aos jogos na Liga no seu estádio. O central ganhou quatro dos cinco duelos aéreos defensivos em que participou e fez sete alívios, e na frente marcou um golo, o terceiro, num total de três remates, dois enquadrados.
  • Mathieu 7.2 – O Sporting esteve muito bem defensivamente, pelo que não espanta que os dois centrais leoninos tenham tido excelentes ratings. O francês completou 97% dos passes que fez e somou impressionantes 14 alívios, máximo da ronda até ao momento.
  • Jesé Rodríguez 6.9 – O espanhol fez, finalmente, um bom jogo pelo Sporting, mostrando uma disponibilidade física melhorada. Para além do golo que marcou, numa demonstração de boa técnica individual, Jesé completou dois dribles (todos no último terço) em quatro tentativas e somou cinco desarmes – prova da sua entrega ao jogo.
  • Luciano Vietto 6.4 – Verdadeiramente decisivo. O argentino vai justificando o investimento em si realizado e, neste jogo, fez as assistências para os dois primeiros golos da partida, a primeira das quais num passe espectacular para Jesé. E ainda completou dois de quatro dribles e fez quatro desarmes.
  • Yannick Bolasie 6.0 – O congolês fez um bom jogo a desequilibrar no um-para-um. Ao todo, o extremo tentou oito vezes o drible e teve sucesso em metade, dois deles no último terço.
  • Frederico Venâncio 5.9 – O melhor dos minhotos foi o central, filho de uma antiga glória do Sporting, Pedro Venâncio. Frederico acertou 45 de 47 passes, fez 15 passes progressivos eficazes e somou 11 acções defensivas – cinco alívios, três desarmes e outras tantas intercepções.

Resumo

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