Uma jogadora de basquetebol de 13 anos foi impedida de participar num jogo, no último domingo, por ter uma camisola de manga comprida por baixo do equipamento oficial.
Segundo o Jornal de Notícias, Fatima Habib, jogadora de 13 anos do Clube de Basquetebol de Tavira, foi impedida de entrar no jogo, do último domingo, contra o Imortal Basket Clube, depois de se ter recusado a despir a camisola de manga comprida que tinha por baixo do equipamento oficial.
O jornal escreve que a equipa de arbitragem não contestou o lenço e os collants que a jovem paquistanesa usava, mas não aceitou o argumento de que a religião muçulmana a impedia também de mostrar os braços, obrigando-a a sair do campo.
Fatima ainda sugeriu a hipótese de arregaçar as mangas da camisola até aos cotovelos para poder continuar em campo, mas sem sucesso.
De acordo com o Observador, os regulamentos da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) foram alterados há dois anos, precisamente para ter em conta as necessidades de jogadores muçulmanos. Com a alteração passou a ser permitido cobrir a cabeça, os braços e as pernas, embora com algumas regras.
A cobertura da cabeça, lenço islâmico ou hijab, pode ser utilizada desde que não cubra “inteiramente ou parcialmente qualquer parte da cara (olhos, nariz, lábios, etc.)” e não represente qualquer perigo para os restantes jogadores em campo.
No caso dos braços e das pernas, as regras são as mesmas, ou seja, é permitido usar meias ou mangas de compressão, com a condição de terem de ser “pretas, brancas ou da cor dominante dos calções” e, caso haja vários jogadores a utilizá-las, a cor tem de ser igual para todos.
O treinador André Pacheco adiantou ao jornal que uma das árbitras já tinha integrado equipas de arbitragem que apitaram outros jogos em que a paquistanesa participara e, na altura, sem ter colocado impedimentos à roupa que a jovem vestia.
Para o técnico do Clube de Basquetebol de Tavira, a atitude da equipa de arbitragem deveu-se à presença de um “observador” na mesa de oficiais.
O clube está agora a ponderar uma “manifestação coletiva”, no próximo jogo, para expressar repúdio pelo que aconteceu com a jogadora de 13 anos.
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