PS, Bloco e Livre votaram, esta sexta-feira, contra a solidariedade do Parlamento para com o internacional português, condenado recentemente por um ato considerado racista pela Federação Inglesa de Futebol (FA).
Socialistas, bloquistas e a deputada única do Livre, Joacine Katar Moreira, chumbaram o ponto n.º 2 do voto de repúdio e condenação apresentado pelo CDS-PP “contra o racismo no desporto e de solidariedade para com o atleta da seleção nacional Bernardo Silva” (Manchester City), enquanto o PAN se absteve.
O ponto n.º 1 do documento, que repudiava qualquer prática de racismo, foi aprovado por unanimidade.
“Importa separar o que é racismo de uma mera brincadeira entre amigos que se estimam e respeitam. Algo que não aconteceu com o atleta Bernardo Silva, um dos melhores jogadores portugueses da atualidade, de ética desportiva irrepreensível, de fair-play reconhecido e elogiado por todos os treinadores e jogadores, que foi vítima destas confusões quando, por brincar com um grande amigo numa rede social, foi condenado pela Federação Inglesa a um jogo de suspensão, multa de 58 mil euros e a frequentar um programa de educação presencial, por atos racistas”, lia-se no documento.
O médio português foi condenado pela Federação Inglesa de Futebol de conduta imprópria e ofensiva para com o colega de equipa francês Benjamin Mendy. Para além da suspensão, o jogador foi multado em 50 mil libras — aproximadamente 58 mil euros.
Em causa está um tweet em que o jogador do City comparou uma fotografia de infância do colega de equipa com o popular boneco Conguito. A publicação acabou por ser apagada 50 minutos depois. “Já não se pode brincar com um amigo hoje em dia”, escreveu Bernardo Silva em resposta.
Bernardo Silva e Benjamin Mendy começaram a jogar juntos na época 2016/17, ambos ao serviço do Mónaco. Na época seguinte, transferiram-se para o Manchester City, onde têm mantido uma relação de amizade desde então.
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