O FC Porto conquistou uma difícil, mas merecida vitória em casa do Young Boys, por 2-1, que mantém a formação “azul-e-branca” na corrida pelo apuramento, agora no segundo lugar, com os mesmos sete pontos dos suíços, e a dependerem apenas de si para atingirem esse mesmo objectivo.
O jogo não começou de feição para os portugueses, que sofreram um golo cedo e demoraram a impor o seu futebol, algo que acabaria por acontecer apenas na segunda parte. Na etapa complementar praticamente só deu “dragão”, que mostrou uma superioridade e qualidade que os anfitriões não conseguiram travar, com Vincent Aboubakar, regressado à titularidade, a marcar os dois golos da reviravolta portista.
O jogo explicado em números
- Péssima entrada do Porto. Logo aos seis minutos, um livre da esquerda foi levantado para a grande área e, nas alturas, Christian Fassnacht cabeceou com êxito. No primeiro remate do jogo os suíços colocaram-se em vantagem.
- No primeiro quarto-de-hora os “azuis-e-brancos” mostraram um futebol algo confuso, que dava oportunidade ao Young Boys de ter mais bola, cerca de 64%, e os dois únicos remates do encontro, um deles enquadrados, e ambos de dentro da grande área portista. Sinais preocupantes para o “dragão”.
- Os comandados de Sérgio Conceição foram melhorando aos poucos e, por volta da meia-hora, já registavam 47% de posse de bola e quatro remates, mais um que os homens da casa, mas estes já somavam dois enquadrados para um dos portistas. O ponto mais positivo era mesmo o facto de o Porto ter conseguido realizar todos os quatro disparos na área contrária, prova de alguma facilidade de penetração.
- O autor do golo, Fassnacht, registava o melhor rating nesta fase, um 7.6 que assentava no golo marcado, mas também nos dois disparos enquadrados (100%) que fizera, bem como um passe para finalização. O melhor dos “dragões” era Danilo Pereira, com 5.7, com 88% de eficácia de passe.
- Intervalo Primeiro tempo complicado para os portistas, que sofreram um golo cedo e, apesar da reacção, nunca conseguiram ameaçar verdadeiramente a formação suíça. Os “dragões” chegaram ao intervalo com mais bola e mais remates, mas a eficácia ofensiva mostrou-se insuficiente para atingir o empate, com somente dois remates enquadrados, tantos quanto os anfitriões somavam. O melhor em campo nesta fase era Fassnacht, com um GoalPoint Rating de 8.0, pelo golo apontado em dois remates (ambos enquadrados), mas também pelas sete acções defensivas, entre elas três alívios. Jesús Corona, com quatro dribles completos em cinco e com um rating de 6.3, era o melhor dos “dragões”.
- O Porto voltou naturalmente do intervalo com vontade de inverter o rumo dos acontecimentos, aumentando a posse para cerca de 65% e chegando aos quatro remates ainda antes dos 60 minutos, dois deles numa soberana ocasião protagonizada por Corona e Marega, aos 55. O mexicano ia-se destacando como o principal inconformado (vide números em baixo).
- A superioridade portista era ainda mais evidente por volta dos 70 minutos, uma vez que chegava aos 71% de posse de bola e nove remates desde o descanso, dois deles enquadrados. Cheirava a golo na Suíça e para o lado luso. Eram evidentes as dificuldades do Young Boys para reagir à pressão portista, com os homens da casa a não irem além de duas acções com bola na área contrária nesta altura.
- Grande jogo de Corona, do lado esquerdo do ataque portista, a contabilizar seis remates, dois enquadrados, e seis dribles eficazes em oito, quatro deles no último terço. Isto para além de dois passes para finalização e dois cruzamentos eficazes em três. Pior estava Marega, com duas ocasiões flagrantes desperdiçadas. Mas o maliano havia de ser decisivo.
- Aos 75 minutos, o atacante fugiu pela esquerda e cruzou para Vincent Aboubakar que, no regresso à titularidade, marcou. Ao 11º remate portista no segundo tento, num total de 19, finalmente o empate. E aos 79 o camaronês bisou, ao segundo poste após um canto da direita, com a bola a ficar à sua mercê para um golo fácil e uma reviravolta muito festejada.
- Tudo parecia controlado, embora já nos descontos o Young Boys quase tenha chegado ao empate, com um remate ao poste de Fassnacht. Era o último suspiro suíço, mas o resultado estava feito e o FC Porto continua na corrida pelo apuramento para os 16 avos-de-final.
O melhor em campo GoalPoint
O camaronês está de volta. Após uma longa travessia do deserto, por lesão grave primeiro, e por opção depois, Vincent Aboubakar foi novamente titular na frente de ataque portista nos grandes palcos e não desiludiu. O Porto cresceu muito no segundo tempo, a bola começou a chegar com regularidade ao ataque e o ponta-de-lança bisou. Dois golos fundamentais e que colocam o Porto na corrida pelo apuramento. Com um GoalPoint Rating de 7.9, Vincent “pintou” o triunfo portista, com um registo de cinco remates, três deles enquadrados, quatro passes para finalização, dois dribles eficazes em três tentativas e muita luta e oportunismo na área.
Jogadores em foco
- Jesús Corona 7.6 – O mexicano foi consistentemente um dos melhores na Suíça, desta feita na esquerda do ataque do Porto, até sair aos 84 minutos. Corona foi o mais rematador do jogo, com seis disparos, dois enquadrados, fez dois passes para finalização e dois cruzamentos eficazes (em três) e completou seis de nove dribles, quatro deles no último terço.
- Otávio 6.6 – O brasileiro não foi tão desequilibrador como sabe ser, mas esteve muito bem no jogo, com uma ocasião flagrante criada em quatro passes para finalização, dois duelos completos em seis e quatro desarmes como amostra de trabalho defensivo.
- Danilo Pereira 5.8 – O “trinco” foi segurando e equilibrando a equipa no pior período portista, na primeira parte, e manteve a consistência. Terminou com três remates, seis recuperações de posse e três intercepções.
- Pepe 5.7 – Muito activo nos duelos aéreos, o internacional luso participou em seis defensivos, mas ganhou apenas dois, perante os possantes jogadores adversários. Somou também quatro recuperações de posse e seis alívios.
- Moussa Marega 5.7 – No arranque do segundo tempo tinha um dos piores ratings do jogo, fruto de duas ocasiões flagrantes desperdiçadas, mas foi melhorando e fez as assistências para os golos de Aboubakar. O maliano enquadrou ainda dois de quatro remates.
- Christian Fassnacht 7.9 – De longe o melhor dos suíços. Para além do golo que marcou, terminou o jogo com dois remates enquadrados em quatro, um disparo ao poste e dois passes para finalização, participando assim em 60% dos remates da sua equipa.
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