Sporting CP 4-0 PSV Eindhoven | “Leão” apura-se com barrigada de golos

Missão cumprida. O Sporting venceu na noite desta quinta-feira o PSV Eindhoven por 4-0, convenceu, “encheu a barriga” com uma exibição personalizada, segura, assegurou a liderança do Grupo D e a qualificação, com uma jornada de antecedência, para os 16 avos-de-final da Liga Europa.

Com o triunfo do LASK Linz diante do Rosenborg (2-1), o emblema holandês despediu-se da competição. Bruno Fernandes, com um bis e duas assistências, voltou a guiar os “leões” neste quarto triunfo, em cinco jornadas na prova. Luiz Phellype e Mathieu foram os outros marcadores de serviço.

O jogo explicado em números

  • Novidades no “onze” leonino: Luís Maximiano, Ilori e Wendel ocuparam as vagas dos lesionados Renan Ribeiro, Coates e Eduardo, respectivamente. Nas três partidas anteriores em que o guardião brasileiro e o uruguaio não actuaram, o Sporting não venceu, desaires ante o Alverca, para a Taça de Portugal, e Rio Ave, na Taça da Liga, e empate com o Boavista, para o campeonato.
  • Do lado holandês, realce para a inclusão do ex-“leão” Bruma no “onze” inicial. No duelo da primeira volta, em Setembro, os holandeses venceram por 3-2 e desde então a formação leonina somou três triunfos em outros tantos duelos. Qual seria o desfecho do embate desta quinta-feira?
  • No primeiro remate da partida, que surgiu aos sete minutos, Bruno Fernandes soltou uma “bomba” e viu Unnesrstall brilhar. Um minuto e meio depois, no segundo tiro enquadrado do duelo, o capitão cruzou e Luiz Phellype, com um desvio de cabeça, abriu as hostilidades no encontro. Entrada à leão, que tinham neste período uma eficácia de passe de 92,3% e 56% da posse de bola.
  • E o Sporting continuou com o pé no acelerador. Aos 15 minutos, no terceiro remate leonino no duelo – também ele enquadrado -, Bruno Fernandes calibrou a mira e, com um tiro de fora da área, dilatou a vantagem “verde-e-branca”.
  • À passagem do minuto 20, o PSV não tinha um remate para amostra e tinha imensas dificuldades para conter o ímpeto adversário e organizar lances de ataque. O jogo era totalmente dos homens da casa.
  • Perto da meia-hora de jogo, Bruma ameaçou o empate, no lance mais perigoso da formação de Eindhoven que, até então, nos cinco remates que conseguiu gizar, todos foram desenquadrados.
  • Dinâmico, organizado, seguro e ambicioso. O Sporting continuou a dominar o encontro e, à beira do descanso, Mathieu, de primeira, carimbou o 3-0. Na segunda assistência da noite de Bruno Fernandes. Os “leões” estavam a um pequeno passo de assegurarem a liderança e a passagem aos 16 avos-de-final da competição.
  • Intervalo Rei leão. Numa das melhores exibições da temporada, os comandados de Jorge Silas banalizaram o vice-campeão holandês e dominaram por completo os primeiros 47 minutos da partida. Dos cinco remates realizados, quatro levaram a direcção da baliza contrária e três resultaram em golo. Além disso, foram mais agressivos na recuperação da bola – oito faltas cometidas contra três do PSV – e obtiveram quatro cantos. Os visitantes apenas tinham vantagem no que dizia respeito à posse de bola – 54%, mas não conseguiam tirar grande proveito disso. O melhor em campo ao intervalo era o omnipresente Bruno Fernandes, com um GoalPoint Rating de 7.3, com um golo, em dois remates enquadrados, duas assistências, e apenas dois passes falhados em 17 tentativas (88% de eficácia).
  • Até foi a equipa forasteira – já sem Bruma, que foi substituído ao intervalo – a primeira a ameaçar o golo, mas rapidamente o Sporting assumiu as rédeas do jogo e, quase sempre construindo lances ofensivos via lado direito (52,2%), desperdiçou duas flagrantes ocasiões para aumentar a confortável vantagem que tinha amealhado.
  • Pouco depois, Acuña só foi travado no interior da área holandesa, grande penalidade assinalada e, da marca dos 11 metros, Bruno Fernandes, com calma e classe, bisou no encontro, não só em assistências, como ainda em golos.
  • O Sporting não fugiu da tradição e ao nono jogo em casa contra equipas holandesas continua sem perder, somando sete vitórias e dois empates. Já o PSV continua a dar-se mal em solo luso: em sete encontros, soma uma vitórias, dois empates e quatro derrotas.

O melhor em campo GoalPoint

Dois golos, duas assistências, cinco remates, três dos quais enquadrados ao alvo, três passes para finalização, dois dribles eficazes – em três tentativas -, e sete passes certos em 11, com expected goals (xG) de 0.9, abaixo do que conseguiu finalizar. Foram estes números que catapultaram mais uma exibição de luxo de Bruno Fernandes, eleito o melhor jogador em campo com um  GoalPoint Rating de 8.0.

Jogadores em foco

  • Mathieu 7.4 – Os aplausos que recebeu quando abandonou o relvado aos 71 minutos foram o melhor tributo para o “Benjamin Button” de Alvalade. A idade parece não passar pelo antigo internacional francês, que aos 36 anos voltou a exibir-se a um excelente nível. Secou Malen e companhia, foi certeiro no único remate que fez, teve uma eficácia de passe de 92% – em 51 falhou apenas quatro -, teve, ainda, cinco recuperações de bola e duas intercepções.
  • Acuña 6.2 – Novamente lançado como defesa-esquerdo, demonstrou segurança e personalidade, com quatro desarmes, outras tantas recuperações de bola e um alívio. No ataque foi cirúrgico e eficaz. A grande penalidade, que fechou as contas do marcador, nasce de uma falta que o internacional argentino sofreu, após uma bela arrancada em que ultrapassou tudo e todos.
  • Luiz Phellype 6.1 – Uma oportunidade, um remate e um golo. O avançado foi letal e abriu a contagem na partida. Além deste momento, lutou como poucos e não deu um lance por perdido. Foi, também, perfeito no capítulo do passe – 100% com dois acertos em duas tentativas.
  • Gakpo 6.1 – Actuou apenas na etapa final, mas conseguiu ser o melhor elemento do PSV no terreno de jogo. Assinou um remate, duas assistências e teve 31 acções com bola.
  • Luís Maximiano 6.0 – Seguro. O jovem guardião não tremeu perante o “tribunal” de Alvalade e nas poucas vezes em que foi chamado a intervir, gritou presente com duas defesas e muita rapidez a sair da baliza quando foi chamado a intervir.
  • Bruma 4.8 – Muito assobiado neste regresso ao reduto leonino, o extremo foi substituído ao intervalo. Durante o período em que esteve em acção, teve os seguintes números: dois remates, dois cruzamentos, 15 passes – 13 acertados e dois falhados -, dois dribles concluídos, em quatro tentativas, e oito perdas de bola.

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