O Real Madrid conquistou hoje, finalmente, o seu 10.º título europeu de futebol, ao vencer por 4-1, após prolongamento, o Atlético de Madrid, que esteve perto, muito perto, de arrebatar o seu primeiro troféu.
Na final da “Champions”, no Estádio da Luz, em Lisboa, a formação “colchonera” adiantou-se aos 36 minutos, pelo uruguaio Diego Godin, e aguentou a vantagem até aos 90+3, quando Sergio Ramos “voou” para forçar um prolongamento que não teve história, tal a superioridade “merengue”.
Perante um adversário devastado física e psicologicamente, o Real Madrid acabou por vencer por uma margem mais do que exagerada, depois de golos de Gareth Bale (110), Marcelo (118) e o 17.º na presente edição de Cristiano Ronaldo (120).
Apesar de não ter marcado, o argentino Di Maria, eleito naturalmente o “homem do jogo”, foi a grande figura do Real Madrid, o único jogador que, verdadeiramente, esteve ao seu nível, nomeadamente no ataque, em que Bale e Ronaldo, mesmo marcando, e Benzema foram uma “nulidade”.
Valeu, verdadeiramente, o “milagre” de Sergio Ramos, numa altura em que os “colchoneros” deixaram de conseguir sair a jogar e foram “sufocados”. Apenas precisavam de aguentar mais um pouco, como em outras alturas, mas não foi possível.
O Estádio da Luz e Lisboa ficarão assim para a história como o local onde o Real Madrid acabou com a sua obsessão: doze anos depois, arrebatou a sua 10.ª “coroa”.
O jogo começou equilibrado, com as duas equipas muito cautelosas, e o primeiro momento de registo aconteceu apenas aos nove minutos, quando Diego Costa mostrou que, afinal, não estava recuperado e teve de ser substituído por Adrian.
O primeiro remate foi protagonizado por Raul Garcia, aos 13 minutos, de longe e para muito longe da baliza, enquanto o Real Madrid foi respondendo sempre por Di Maria, que, aos 27, só foi travado em falta, após grande “cavalgada”.
Raul Garcia viu o cartão amarelo e Sergio Ramos, que logo foi armar confusão, também foi admoestado. O livre marcou a primeira aparição no jogo de Cristiano Ronaldo, um pontapé enquadrado, mas detido por Courtois.
Pouco depois, aos 32 minutos, o Real Madrid teve uma enorme ocasião para marcar, oferta de Tiago, que perdeu a bola para Bale. O galês rumou à área, muito rápido, mas, isolado, atirou de pé esquerdo, o “bom”, ao lado do poste direito.
Os “merengues” não marcaram e sofreram, aos 36 minutos, na sequência de um canto marcado por Gabi, com a bola a sobrar para Juanfran fazer um balão para a área, onde Godin saltou mais alto e cabeceou por cima de Casillas, que saiu muito mal.
Até ao intervalo, o Real Madrid teve mais tempo a bola, mas só o Atlético rematou, por Adrian, de cabeça, mas sem acertar no alvo.
Os “colchoneros” reentraram melhor, com Raul Garcia a efetuar o primeiro remate, mas Di Maria voltou a aparecer, aos 54 minutos, proporcionando três oportunidades a Cristiano Ronaldo, mas Courtois defendeu o livre e, após dois cantos, o internacional luso falhou sempre o alvo.
Adrian voltou a assustar Casillas, aos 56 minutos, e Ancelotti, descontente, trocou Coentrão e Khedira por Marcelo e Isco. O Real melhorou e Ronaldo teve mais uma ocasião, aos 62, só que quase não cabeceou um centro de Sergio Ramos.
Com o passar dos minutos, os “merengues” foram-se instalando no meio campo contrário, mas sucederam-se as oportunidades perdidas, os maiores de Bale, aos 73 e 78 minutos, mas também de Isco, aos 67, e Ronaldo, aos 75.
Os últimos 10 minutos já foram jogados em “cima” da área do Atlético, que, sem conseguir sair para o ataque, passou por um grande sufoco. A insistência deu frutos aos 90+3, com Sergio Ramos a marcar de cabeça, após canto de Modric.
O jogo foi para prolongamento e o Real Madrid assumiu o comando, mas, na primeira parte, só conseguiu incomodar Courtois já nos descontos, num cabeceamento de Varane.
Aos 110 minutos, em mais uma arrancada de Di Maria, os “merengues” conseguiram mesmo o segundo golo, por Bale, que, de cabeça, finalmente acertou, ele que foi um dos piores em campo.
O jogo, praticamente, acabou ai. O Atlético de Madrid já não tinha forças e, aproveitando-se disso, o Real ainda marcou mais dois, por Marcelo, aos 118, e Cristiano Ronaldo, aos 120, de grande penalidade.
MR, Futebol 365 / Lusa
Deixe um comentário