Gil Vicente 3-1 Sporting | Galo em fúria trava leão de Silas

Na noite de Barcelos, quem ditou leis foram os “galos”, que venceram os “leões” por 3-1 e somaram o terceiro triunfo consecutivo na Liga.

O Gil Vicente passou a contabilizar 16 pontos e subiu até ao sétimo lugar. Por sua vez, o Sporting desperdiçou soberana ocasião para se aproximar do Famalicão no terceiro lugar. Kraev, Sandro Lima e Zakaria Naidji apontaram os golos gilistas. Wendel assinou o tento solitário do emblema de Alvalade, que averbou o quarto desaire em 12 jornadas.

O jogo explicado em números

  • O duelo prometia. Os anfitriões vinham de duas vitórias consecutivas na prova e em casa tinham a ficha limpa de desaires: dois triunfos e quatro empates em seis encontros. Do outro lado, os visitantes contabilizavam quatro conquistas nas últimas cinco jornadas. Quem levaria a melhor neste braço de ferro entre “galos” e “leões”?
  • Jogo movimentado, equilibrado, com a bola a circular nas duas áreas, mas não houve registo relativo a lances de perigo nos primeiros 15 minutos.
  • Porém, três minutos depois surgiu o primeiro golo do duelo. Tiago Ilori falhou o corte, Sandro Lima aproveitou, galgou alguns metros e, no momento certo, assistiu Kraev, que não desperdiçou a ocasião. O búlgaro anotou o segundo tento na competição, o primeiro tinha sido na primeira ronda, no triunfo dos gilistas frente ao FC Porto (2-1). Os comandados de Vítor Oliveira festejaram o golo no segundo remate que fizeram à baliza de Luís Maximiano, que na noite deste domingo fez a estreia na Liga aos 20 anos e dez meses.
  • A equipa de Silas até controlava a posse de bola – 72% -, mas à passagem do minuto 30 ainda não tinha nenhum remate à baliza adversária. Por sua vez, os comandados de Vítor Oliveira eram mais assertivos nos seus processos e, além do golo, registavam mais três “tiros”.
  • Apenas a dois minutos do intervalo o Sporting rematou à baliza contrária, Wendel atirou e a bola saiu às malhas laterais. Já em período de compensação, Dênis foi lesto a sair da baliza e deu o “corpo às balas”, negando o empate a Jesé, naquele que foi o primeiro remate leonino enquadrado à baliza dos donos da casa.
  • À terceira tentativa, chegou o empate. Wendel, no interior da área do Gil Vicente, respondeu da melhor forma à assistência de Bruno Fernandes, num lance em que o guardião brasileiro não ficou nada bem na fotografia.
  • Foi quase perfeita a estratégia do Gil Vicente nos primeiros 45 minutos. A equipa de Vítor Oliveira foi compacta, intensa e disciplinada.
  • Chegou ao golo no primeiro lance de perigo que criou e mesmo com menos bola do que o Sporting, soube controlar os ímpetos leoninos. No entanto, uma falha de Dênis, acabou por trair a lição que estava a correr de feição.
  • Neste período, Bruno Fernandes, com um GoalPoint Rating de 6.1, graças à assistência que assinou e à eficácia de passe de 71%, destacava-se com o melhor elemento no terreno de jogo.
  • O relógio marcava 53 minutos quando Lourency descobriu Baraye, e o extremo foi derrubado por Acuña. Grande penalidade assinalada e, da marca dos 11 metros, Sandro Lima voltou a colocar os gilistas na frente do marcador.
  • O tempo passava, os forasteiros continuam a ter imensas dificuldades em contornar a teia montada por Vítor Oliveira e Silas decidiu mudar, retirou um médio – Wendel – e colocou uma unidade ofensiva – Bolasie -, passando o “leão” a actuar num 4x4x2, com Jesé a fazer companhia a Luiz Phellype na frente de ataque, Doumbia e Bruno Fernandes na zona central e o recém-entrado Bolasie e Vietto nas alas.
  • Sem resultados práticos, já que não houve lances perigosos do Sporting, a sete minutos dos 90 Ilori abandonou a partida e entrou Eduardo, na última cartada do treinador leonino em busca de outro resultado.
  • Até ao apito final, o árbitro Hugo Miguel protagonizou um dos lances deste encontro. Após ter sido alertado pelo vídeo-árbitro, expulsou Doumbia, por suposta falta sobre Lourency já no interior da área do Sporting, mas instantes depois, voltou atrás com a decisão e foi buscar o médio, que já estava a caminho dos balneários, anulando a decisão que tinha tomado anteriormente.
  • No último lance da partida, Zakaria Naidji vestiu a pele de Messi, tirou tudo e todos do caminho e fechou as contas da partida, num dos momentos altos da noite em Barcelos. Ao fim de dez jogos no campeonato, o avançado argelino “carimbou” o seu primeiro golo na prova.

O melhor em campo GoalPoint

Zakaria Naidji. Bastaram 22 minutos para que o argelino fosse considerado o melhor jogador em campo, com quatro acções com bola, 100% de eficácia no que diz respeito ao capítulo da finalização – um remate e um golo -, foi soberano nos dois duelos aéreos em que interveio, nos dois dribles que tentou e ainda foi a tempo de contabilizar uma recuperação de bola. Naidji teve um GoalPoint Rating de 6.8.

Jogadores em foco

  • Bruno Fernandes 6.5 – É certo que terminou o jogo sem qualquer remate, mas não obstante esse “pormaior”, foi o melhor jogador leonino. Assistiu Wendel no único golo do Sporting, fez ainda mais dois passes para finalização, dos dez passes longos tentados, falhou cinco, e somou 105 acções com a bola.
  • Sandro Lima 6.4 – Uma constante dor de cabeça para Mathieu, Tiago Ilori e companhia. Marcou o segundo golo dos gilistas, assistiu Kraev para o tento inaugural, dos três remates que efectuou, dois foram enquadrados à baliza e encontrou uma série de linhas de passe sempre que foi necessário.
  • Rúben Fernandes 6.2 – Foi o pilar da defesa do Gil Vicente, “secou” Luiz Phellype e não cedeu à pressão, mesmo no período em que o Sporting colocou “toda a carne no assador”.
  • Kraev 6.1 – Eficácia máxima do búlgaro: um remate e um golo (expected goals xG de 0,5), 35 acções com a bola e êxito nas duas tentativas de drible.
  • Wendel 5.9 – Novamente titular, foi o primeiro elemento leonino a arriscar um remate, pouco depois inaugurou o marcador, na primeira vez que os “leões” tiveram um tiro enquadrado na partida já em período de compensação. Dos 50 passes tentados, falhou oito – 84% de eficácia.
  • Tiago Ilori 4.0 – Aos 18 minutos, falhou o corte e permitiu que Sandro Lima fizesse a assistência para o primeiro golo do jogo. O lance acabou por marcar a exibição do defesa-central, que acusou o erro e teve a pior nota da noite.

Resumo

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