O Benfica deu o pontapé de saída da 13ª jornada com uma vitória competente na visita ao Boavista, por 4-1.
Num jogo potencialmente perigoso para as aspirações “encarnadas”, frente a um adversário com somente uma derrota em casa – e ante o FC Porto -, dois golos de Carlos Vinícius, um de Franco Cervi e outro de Gabriel deram os três pontos ao campeão nacional.
A equipa encarnada dominou, esteve melhor no passe e, no remate, mostrou uma eficácia apreciável na finalização, com quatro golos em seis disparos com boa direcção.
O jogo explicado em números
- O jogo começou com um golo do Benfica anulado logo aos dois minutos, por fora-de-jogo de Pizzi. Um sinal de que os “encarnados” iam tentar chegar ao golo bem cedo, imprimindo intensidade e apostando nos passes a rasgar a defensiva do Boavista.
- No entanto, o primeiro quarto-de-hora chegou com o nulo no marcador, com o Benfica a dominar amplamente na posse de bola (73%), mas a registar tantos remates e enquadrados quanto os “axadrezados” (2-1).
- O domínio benfiquista era amplo e os “encarnados” não deixavam sequer os boavisteiros criar perigo, registando os homens da casa somente uma acção com bola na área benfiquista. Mas o mesmo acontecia do outro lado, com os visitantes a sentirem dificuldades para rematar. À meia-hora, as “águias” contavam 75% de posse, mas só mais um remate que nos primeiros 15 minutos, e desenquadrado.
- O médio Gabriel, do Benfica, era o destaque nesta fase do jogo, com um rating de 5.7, com um drible completo, dois duelos aéreos defensivos ganhos em dois, mas também duas intercepções, “limpando” uma grande parcela de terreno no meio-campo.
- A resistência do Boavista acabou por ruir aos 34 minutos. Pizzi realizou um magnífico passe do lado direito até ao lado esquerdo do ataque e Carlos Vinícius, sempre ele, rematou de pronto, com potência, para o fundo da baliza. Ao quinto remate dos lisboetas no jogo, segundo enquadrado, o primeiro tento do encontro.
- Mas o Boavista respondeu. Aos 44 minutos, Marlon cruzou da esquerda, Ferro colocou Nikola Stojiljkovic em jogo e este, perante Vlachodimos, desviou para o fundo das redes, ao terceiro disparo anfitrião, segundo enquadrado.
- Primeira metade muito animada no Bessa, com muita luta e intensidade, e domínio do Benfica, com muita bola (64%), mas pouco espaço para criar perigo.
- Dessa forma, o resultado chegou empatado ao descanso e os “encarnados” registavam somente mais um remate que os homens da casa. Um encontro difícil para ambas as equipas que, curiosamente, tinha expected goals (xG) mais elevados para o Boavista.
- O melhor ao intervalo era Stojiljkovic, o autor do golo boavisteiro, que registava ainda um passe para finalização e um GoalPoint Rating de 6.1.
- O Benfica recomeçou a partida em cima do Boavista, a pressionar em zonas muito altas do terreno, com 75% de posse de bola quando chegou ao 2-1. Carlos Vinícius fugiu pela esquerda da grande área, cruzou rasteiro e Cervi, ao segundo poste, atirou a contar, ao terceiro disparo enquadrado das “águias” na segunda parte, segundo enquadrado.
- E o 3-1 não demorou. Aos 62 minutos, Álex Grimaldo serviu Carlos Vinícius à entrada da área e o brasileiro, na passada, rematou forte e colocado sem hipóteses para Bracali. O Benfica estava muito forte na circulação de bola e na intensidade e muito competente na altura do remate, com dois golos em três enquadrados no segundo tempo.
- As “águias” chegavam ao minuto 70 numa situação confortável, com dois golos de vantagem, 61% de posse de bola na segunda parte, bem como três remates enquadrados em cinco e um total de 62% de duelos individuais ganhos, perante um Boavista com dificuldade para sair em transição, com 74% de eficácia de passe e quatro dos seus seis remates de fora da área – em linha com o que tem feito esta temporada.
- Nos últimos dez minutos o Boavista pegou um pouco mais no jogo, na tentativa de reduzir a diferença, enquanto o Benfica tentava controlar os acontecimentos, com transições rápidas lideradas, em grande medida, por Adel Taarabt. E já nos descontos, um cruzamento de Grimaldo permitiu a Gabriel fazer o resultado final num remate de cabeça, numa fase em que o Boavista já tinha baixado os braços.
O melhor em campo GoalPoint
Carlos Vinícius está a revelar-se uma das grandes contratações das equipas da Liga NOS esta temporada, quiçá a melhor, pelo menos pelo que tem feito até ao momento.
O brasileiro vai já em nove golos em 11 jogos neste campeonato, fruto de mais um bis na visita ao Boavista.
O ponta-de-lança marcou os dois golos precisando somente de três remates, dois deles enquadrados, tendo ainda realizado uma assistência no único passe para finalização que realizou – permitindo-lhe um GoalPoint Rating de 7.6. Verdadeiramente letal.
Jogadores em foco
- Gabriel 7.1 – Belíssimo jogo do médio brasileiro, a redimir-se da expulsão na última jornada, com o Marítimo. Para além do golo que marcou, ao cair do pano, Gabriel completou as duas tentativas de drible, ganhou os três duelos aéreos defensivos em que participou e somou três desarmes e outras tantas intercepções.
- Álex Grimaldo 6.5 – Uma máquina a construir lances de ataque. O lateral espanhol fez duas assistências nos dois passes para finalização que arrancou na partida, tendo ainda completado sete de dez tentativas de drible.
- Fabiano 6.2 – O melhor do lado dos homens da casa. O central recuperou seis vezes a posse de bola e acumulou dez acções defensivas, com destaque para três desarmes e quatro alívios.
- Tomás Tavares 6.2 – O jovem lateral benfiquista substituiu André Almeida com qualidade. Muito veloz, completou com sucesso as três tentativas de drible, todas elas no último terço, não tendo comprometido defensivamente.
- Franco Cervi 6.1 – O argentino vai ganhando cada vez mais confiança e foi muito importante para a “águia”, tendo marcado o segundo golo do Benfica. Desta vez só fez um desarmes e completou uma tentativa de drible.
- Adel Taarabt 5.8 – Um rating que não faz justiça à importância do marroquino nesta partida. Taarabt completou quatro de seis tentativas de drible e ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou. Tacticamente foi muito importante na pressão em zonas adiantadas do terreno e, mais para o fim, na condução das transições ofensivas rápidas do Benfica.
Resumo
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