A AMA – Agência Mundial antidoping aceitou recomendações de laboratórios e passou a incluir a ecdisterona, uma substância química encontrada no espinafre, na lista de substâncias a vigiar em 2020.
Se for provado “o uso indevido” a substância passa a proibida em 01 de janeiro de 2021. “Embora existam outros ecdisteróides, a maioria dos dados relacionados ao efeito no desempenho atlético e os comentários das partes se referem à ecdisterona”, justificou a AMA, citada na quarta-feira pelo Diário de Notícias.
Segundo o jornal diário, a primeira indicação de que isso poderia acontecer surgiu em julho de 2019, quando os resultados de um estudo da Universidade Livre de Berlim revelaram que a ecdisterona aumenta o rendimento, quando ingerida em grandes quantidades.
Para obter esse resultado, o Instituto de Farmácia da universidade alemã testou 46 atletas durante 10 semanas, concluindo que a substância afetou o desempenho físico para melhor. Alguns dos participantes receberam placebos e, outros, cápsulas de ecdisterona com o equivalente a quatro quilos de espinafres crus por dia.
A força física dos atletas que receberam o suplemento aumentou três vezes mais que a dos colegas que tomaram o placebo. O grupo que recebeu ecdisterona passou a levantar 9,5 quilogramas mais peso do que no início dos testes, enquanto os atletas que tomaram placebo só progrediram 3,3 quilogramas, no mesmo exercício.
“A nossa expectativa era de que veríamos um aumento no desempenho, mas não esperávamos que fosse tão grande”, disse Maria Parr, do Instituto de Farmácia da Universidade de Berlim, em entrevista às emissoras ARD e ARTE.
“Recomendamos à Wada, em nosso relatório, que a substância seja adicionada à lista de doping. Achamos que, se ela aumenta o desempenho, essa vantagem injusta deve ser eliminada”, apontou o artigo científico, publicado na Archives of Toxicology.
[sc name=”assina” by=”ZAP”]
Deixe um comentário