O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) vai convidar os presidentes do Vitória de Setúbal e do Sporting para uma reunião ainda esta sexta-feira.
De acordo com fonte oficial do organismo, Pedro Proença “tem acompanhado com preocupação” a situação do encontro entre Vitória de Setúbal e Sporting, previsto para sábado.
Os sadinos pediram o adiamento do encontro, devido a uma virose que afetou vários jogadores da equipa, que ficaram impedidos de treinar durante alguns dias esta semana. Contudo, o Sporting, alegando um calendário congestionado, não aceitou alterar a data do encontro, previsto para as 20h30 deste sábado, no Estádio do Bonfim.
Hoje, o treinador dos leões, Jorge Silas, admitiu não se opor ao adiamento do jogo, desde que a nova data “não prejudique ninguém”, acrescentando que “a data proposta não é viável” [5 de fevereiro].
“Estou disponível para jogar numa data que não prejudique ninguém. Na data proposta, poderemos vir a ter o sexto jogo sem descansar e iríamos pôr os nossos jogadores em risco de lesão”, disse.
“Se o jogo acontecer noutra altura, não vejo qualquer problema. Foi essa a conversa que tive com o treinador do Vitória e ele percebeu perfeitamente”, disse Silas, que desejou as melhoras aos jogadores sadinos.
Ao Diário de Notícias, fonte oficial do Vitória de Setúbal adiantou que todos os jogadores do plantel ficaram em casa esta manhã, de quarentena. A sessão de treino que estava agendada poderá realizar-se durante a tarde, mediante os resultados da avaliação levada a cabo pelo departamento médico.
Sadinos acusam Sporting de violar estatutos
“Esta tomada de posição do Sporting CP não é mais do que uma insofismável violação dos princípios gerais descritos no artigo 10.º dos Estatutos da Liga Portugal — a saber, o da legalidade, da igualdade, da ética, da lealdade, da verdade desportiva, da boa-fé, da colaboração mútua, da proteção do bom nome do futebol profissional, da transparência e da solidariedade entre os associados Liga”, lê-se num comunicado dos sadinos.
“A violação de todos estes princípios impõe que o Vitória FC dispute a próxima jornada com uma equipa manifestamente inferiorizada“, considera ainda o clube sadino.
Adiantando que não vai realizar estágio para o jogo de sábado, o Vitória de Setúbal considera que impor que jogue o clube “nestas condições significa colocar em causa a integridade da competição, algo que os regulamentos da Liga pretendem evitar”.
Para os sadinos, “o Sporting adota um procedimento disciplinarmente censurável” ao não aceitar a alteração do encontro, acusando o clube leonino de ter “por objetivo, única e exclusivamente, obrigar o Vitória FC a apresentar em campo uma equipa notoriamente inferiorizada”.
“Com esta conduta e ao vir, agora, de forma hipócrita e cínica, disponibilizar o seu departamento médico, o Sporting CP mais confirma um procedimento e forma de estar que consubstancia uma violação grosseira dos princípios da boa fé que se impõem no relacionamento entre clubes, mas também uma violação dos deveres deontológicos entre profissionais da medicina, que, de resto, o presidente do Sporting CP tão bem conhece”.
Para o Vitória de Setúbal, esta é “uma violação regulamentar sem par e que em nada dignifica o futebol português” e que justifica “uma posição firme e intransigente do Vitória FC”.
“O Vitória FC jamais se vergará aos interesses de outros, mesmo que grandes, e não abdicará de defender os seus, porque o Vitória FC é enorme”, conclui o clube.
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