O jogo entre Real e Atlético foi decidido nas grandes penalidades, mas o jovem Fede Valverde foi decisivo na partida cometendo uma falta que pode bem ter salvo a sua equipa.
O Real Madrid conquistou este domingo a 11.ª Supertaça de Espanha da sua história, após bater na final o Atlético Madrid, no desempate por grandes penalidades (4-1), depois de um nulo registado no tempo regulamentar e prolongamento.
Em Jeddah, na Arábia Saudita, o Real Madrid venceu a primeira Supertaça com o formato de quatro equipas, algo que teria sido impossível no passado, já que os ‘merengues’ disputaram a prova por terem sido terceiros classificados no último campeonato espanhol.
Sérgio Ramos converteu o penálti decisivo, num desempate totalmente desastroso para a formação do argentino Diego Simeone, que apenas conseguiu concretizar um, através do inglês Trippier.
Foi o 10.º título do francês Zinedine Zidane como treinador do Real Madrid, segunda Supertaça espanhola, que continua totalmente vitorioso em finais.
Valverde: o pedido de desculpas e o filho a caminho
Entre toda a azáfama dos 120 minutos jogados, destacou-se Fede Valverde. Aos 115 minutos, num lance que poderia ter sido decisivo, já que Morata seguia completamente isolado, o médio dos madrilenos viu-se obrigado a rasteirá-lo pelas costas. Imediatamente, o árbitro José María Sánchez Martínez mostrou o já esperado cartão vermelho.
O uruguaio sacrificou-se para evitar que o Atlético de Madrid fizesse o golo que sentenciaria a partida já perto do final do prolongamento. Além disso, durante o resto da partida esteve sempre em destaque, sendo mesmo considerado o homem do jogo.
No entanto, a falta desesperada de Valverde não foi bem recebida pelos rivais, que rapidamente vieram pedir satisfações ao ‘miúdo’. A confusão instalou-se dentro de campo e o juiz da partida começou a distribuir cartões amarelos.
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Na saída do terreno após a expulsão, o cabisbaixo Fede Valverde ainda teve direito a um gesto reconfortante do treinador adversário, Diego Simeone, num gesto de fair play de ‘El Cholo’ digno de aplausos.
No final da partida, Valverde disse estar contente com a conquista da Supertaça, pediu desculpa a Morata pela entrada, elogiou a atitude de Simeone e ainda anunciou que ia ser pai.
“É algo que não se deve fazer. São companheiros de campo que apenas defrontam uma outra equipa. Já pedi desculpas ao Álvaro. Não é bom fazer o que fiz, mas era o último jogador. Tentei ter outras abordagens, mas não dava. Estou feliz pelo título, mas fico com esse sabor agridoce pela minha atitude”, disse.
“Estou muito feliz porque estou a ter minutos. Estou num momento incrível na minha vida e, apesar de estar a conseguir títulos em nível desportivo, também vou ser pai“, acrescentou.
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Félix “voltou a sair pela porta de trás”
Em Espanha, continua o escrutínio às exibições de João Félix, com a imprensa a mostrar-se desapontada com o desempenho do português. O jornal desportivo Marca foi um dos mais críticos, exigindo resultados de um jogador que custou 127 milhões de euros ao Atlético de Madrid.
“Voltou a passar despercebido, saindo pela porta de trás sem deixar rasto, nem no jogo nem muito menos na zona mista, onde os rojiblancos deram a cara depois da derrota”, lê-se no jornal desta segunda-feira.
O desportivo destacou ainda a “definição defeituosa” num lance que foi uma “grande ocasião de golo” para os ‘colchoneros’. O jovem português acabou por fazer um remate desengonçado que passou longa da baliza de Courtois.
“Tem de bilhar neste tipo de jogos”, lê-se ainda. Além disso, salientam que o jogador terminou os 90 minutos exausto e que não surpreende que, aos 101 minutos, tenha dado o seu lugar a Santiago Arias, antigo lateral do Sporting.
Por sua vez, o jornal AS exigiu “maior precisão” no lance de perigo que João Félix poderia ter feito golo e realça que o jovem prodígio “não teve clarividência”, procurando ainda “ações mais arrojadas do que práticas”.
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