Seis anos depois do trágico acidente que o deixou em coma, pouco se sabe sobre a condição de Michael Schumacher. A lenda da Fórmula 1, de 51 anos, já saiu do coma e estará consciente, mas a família tem optado por não divulgar dados sobre o seu estado de saúde. Um neurocirurgião desvenda um pouco do véu, alertando que o seu corpo deve estar “muito alterado e deteriorado”.
As declarações do neuro-cirurgião italiano Nicola Acciari, prestadas a media italianos e divulgadas um pouco por todo o mundo, alertam para o facto de Schumacher ser, actualmente, uma pessoa muito diferente do que foi.
“Temos que imaginar uma pessoa muito diferente da que recordamos na pista, com uma estrutura orgânica, esquelética e muscular muito alterada e deteriorada“, aponta Nicola Acciari que não terá acompanhado a situação do piloto, mas vincando que esse é o quadro que resultará das “lesões cerebrais graves” que sofreu num acidente de esqui, nos Alpes franceses, em Dezembro de 2013.
Schumacher esteve vários meses em coma, mas já saiu dessa condição. Encontra-se, actualmente, a receber tratamentos médicos e terapias numa mansão na Suíça, onde vive com a mulher e os dois filhos.
Corinna Schumacher, a mulher do piloto, tem optado por não divulgar muita informação sobre a sua condição à comunicação social, pelo que pouco se sabe sobre o seu estado de saúde.
O antigo agente e amigo de Schumacher, Willi Weber, chegou a acusar Corinna de estar a esconder a verdade sobre a condição do marido. “Eu sei que o Michael foi atingido com força, mas infelizmente, não sei o progresso que faz. Gostaria de saber como ele está e apertar-lhe a mão ou acariciar-lhe o rosto. Mas, infelizmente, isso é rejeitado pela Corinna”, referiu Weber num documentário alemão, acusando a mulher do piloto de ter “medo” que ele “percebesse logo o que se está a passar” e que torne “a verdade pública”.
Mais recentemente, o amigo de longa data e director da Ferrari, Jean Todt, que o visita de forma regular, referiu que assistiu “a um Grande Prémio com ele na sua casa na Suíça, pela televisão”. “Ele não desiste e continua a lutar”, apontou ainda, sem revelar muitos dados sobre a condição do piloto, mas reconhecendo que “não há a mesma comunicação de antes”.
No final do ano passado, noticiou-se que Schumacher estaria a fazer tratamentos inovadores com células estaminais às mãos do cirurgião francês Philippe Menasche. O neurocirurgião estaria a realizar cirurgias para transferir células do seu coração para o cérebro, com o intuito de acelerar a renovação dos tecidos e dos órgãos danificados.
Mas Philippe Menasche não confirmou aqueles dados, nem deu indicações sobre o tipo de tratamento que estará a fazer ao piloto, limitando-se a garantir que ele não é “uma cobaia” para a sua investigação no campo das células estaminais.
Professor da Universidade do Alabama, nos EUA, cirurgião cardíaco no Hospital Europeu Georges Pompidou em França, professor de Cirurgia Cardiovascular Torácica na Universidade Paris Descartes, e líder de um Instituto que se dedica à pesquisa de terapias celulares para doenças cardiovasculares, Menasche foi o primeiro cirurgião do mundo a implantar células cardíacas derivadas de células embrionárias no coração de uma mulher, em 2014.
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