Sérgio Conceição disse que vai continuar na equipa enquanto o presidente mantiver confiança no seu trabalho, mas salienta que o clube não consegue “ganhar sem união e sem responsabilidade coletiva”.
O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, admitiu esta sexta-feira que está “sempre com as malas feitas”, mas que ficará no comando da equipa principal de futebol do clube portuense “enquanto o presidente quiser”.
O técnico dos dragões, que a seguir à final da Taça da Liga queixou-se de “falta de união no clube”, prometeu falar nesse assunto mais tarde, mas revelou que tudo está resolvido e apenas está focado em vencer o próximo jogo, frente ao Vitória de Setúbal, da 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
“Não há clube nenhum que consiga ganhar sem união, sem responsabilidade coletiva. Estou a falar desde o roupeiro, ou desde o tratador de relva, até ao nosso grande presidente. Isso faz parte. Gosto de trabalhar no Olival dessa forma [blindada], estarmos muito focados no nosso trabalho diário”, disse o treinador, em conferência de imprensa.
Sérgio Conceição explicou ainda que “os treinadores vivem dos resultados e que é normal estarem sempre com as malas prontas”, mas garantiu que, enquanto o presidente mantiver a confiança no seu trabalho, vai continuar no comando do FC Porto.
“Trabalhar em cima de vitórias é sempre mais fácil, depois de uma final de taça perdida, reagi de forma sincera, genuína, era o meu sentimento. Já tive a oportunidade de dizer isto e vai entroncar na resposta anterior. Nos clubes de topo, que querem ganhar títulos e lutar por títulos, a união é fundamental, a pensar no empregado mais simples”, reafirmou.
Sobre o encontro com o Vitória de Setúbal, Conceição admitiu não estar à espera de facilidades, ainda assim preferiu focar-se no trabalho desempenhado pela sua equipa ao longo da semana de preparação para o jogo.
“São deslocações historicamente difíceis, não há um jogo de competições nacionais que seja fácil hoje em dia. Tentamos ultrapassar essas dificuldades na preparação do jogo que é aquilo que fizemos sempre. Este não fugiu à regra”, assinalou o técnico, acrescentando que “a mudança de treinador no Setúbal coincidiu com o primeiro jogo” no Dragão, contra o Vitória, “ainda com pouco tempo de trabalho”.
“Agora, com mais tempo de trabalho, é uma equipa bem mais consistente. O Vitória sofria e sofre poucos golos, mas também conseguiu dar, na organização ofensiva, momentos importantes numa dinâmica que também permite ao Vitória fazer golos. É uma equipa que está bem melhor, estamos atentos a isso, mas mais importante é olhar para a nossa equipa e para o que podemos fazer para ultrapassar este obstáculo”, observou.
O treinador já poderá contar com o avançado cabo-verdiano Zé Luís, que esta sexta-feira foi dado como apto clinicamente, apesar de continuar privado do defesa Pepe, dos médios Danilo e Nakajima e do avançado Aboubakar, todos a recuperarem de lesões.
O FC Porto, segundo classificado, com 44 pontos, joga no sábado (18h) em casa do Vitória de Setúbal, no ocupa o oitavo lugar, com 25, em jogo a contar para a 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
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