A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, esta segunda-feira, a instauração de um inquérito aos insultos racistas ao jogador maliano do FC Porto, no passado domingo.
Em resposta a vários meios de comunicação portugueses, nomeadamente o jornal Público, a Procuradoria-Geral da República (PGR) adiantou que o inquérito instaurado está nas mãos do Departamento de Investigação e Ação Penal de Guimarães.
O avançado do FC Porto, Moussa Marega, abandonou o campo durante a partida contra o Vitória de Guimarães, este domingo, depois de ter ouvido insultos racistas vindos das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques.
O jogador foi alvo de insultos racistas de alguns adeptos vimaranenses (“macaco”, “chimpanzé” ou “preto” são alguns exemplos), que imitaram ainda sons de macaco durante várias fases do encontro.
A PSP já está analisar as imagens de videovigilância para que “rapidamente se consiga identificar o aparente elevado número de pessoas que participaram nos cânticos racistas” ao futebolista, revelou hoje Magina da Silva, diretor nacional desta polícia.
Segundo o diretor nacional da PSP, em causa podem estar eventualmente dois tipos de infrações, designadamente uma que é um crime previsto e punido pelo Código Penal e outra que é uma contraordenação no âmbito desportivo da lei do combate à violência no desporto. Magina da Silva frisou que vão ter de “responder nestas duas sedes quando forem identificados”.
Também o secretario de Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, considerou “uma situação intolerável” o que se passou no domingo.
“A PSP está a fazer a identificação de todas as pessoas que se encontravam naquela bancada para tentá-las levar à justiça, seja desportiva, seja a justiça criminal. É esse o trabalho que está a ser feito e esperamos chegar a bom porto e depois as autoridades judiciárias decidirão em conformidade”, afirmou.
[sc name=”assina” by=”ZAP” source=”Lusa” ]
Deixe um comentário