O FC Porto perdeu na Alemanha, na visita ao Bayer Leverkusen, por 2-1, e tem tudo em aberto na perspetiva de chegar aos oitavos-de-final da Liga Europa.
Após uma primeira parte difícil, na qual praticamente não teve bola e raramente importunou o último terço do terreno, os “dragões” reagiram no segundo tempo, apesar de terem sofrido o 2-0, e acabaram por marcar um golo fora, por Luis Díaz, que pode ser decisivo para o embate da segunda mão, marcado para o Dragão daqui a uma semana.
O jogo explicado em números
- Bayer mais “mandão” no arranque da partida, com 68% de posse de bola no primeiro quarto-de-hora, bem como o único remate, enquadrado, para além de registar 84% de eficácia de passe.
- O FC Porto estava na expectativa nesta fase, sem criar qualquer tipo de problemas ao emblema contrário, incluindo aos 17 minutos, quando os seus jogadores ficaram a olhar para Kai Havertz, que rematou com estrondo ao ferro.
- A superioridade alemã era evidente e o Bayer acabou por marcar, aos 30 minutos, por Lucas Alario – anulado inicialmente por fora-de-jogo, após intervenção do VAR, mas depois confirmado. Karem Demirbay foi o autor da assistência, um cruzamento que encontrou o argentino ao segundo poste.
- Nesta fase os alemães registavam impressionantes 77% de posse de bola e os únicos sete remates do encontro, dois deles enquadrados, com os portugueses a perderem também nos duelos ganhos (38%) e na eficácia de passe (89%-71%).
- O FC Porto foi-se aproximando aos poucos da baliza contrária e, aos 43 minutos, Matheus Uribe arrancou um potente remate que só a intervenção do guarda-redes Lukás Hrádecky impediu o golo portista.
- Primeiro tempo difícil para o FC Porto, empurrado para o seu primeiro terço por uma equipa alemã que registou 73% de posse de bola nesta fase, marcou um golo e atirou uma bola ao ferro, num total de nove remates, dois enquadrados. O FC Porto só disparou três vezes, mas enquadrou-as todas, deixando vários avisos ao adversário. O melhor em campo nesta altura era Demirbay, com um GoalPoint Rating de 6.3, fruto de uma assistências em dois passes para finalização e quatro remates (todos desenquadrados). O melhor do FC Porto era Matheus Uribe, com 6.3.
- O FC Porto reentrou melhor na partida, registando 63% de posse de bola na altura em que Wilson Manafá fez grande penalidade sobre Kevin Volland, aos 52 minutos. Havertz hesitou na marcação do pontapé da marca dos 11 metros e Marchesín defendeu, mas o juiz mandou repetir o lance, por considerar que o guarda-redes portista adiantou-se antes do pontapé. Havertz (57′) não desperdiçou na segunda tentativa.
- A hora de jogo chegou já com o Leverkusen a conseguir travar as investidas portistas, recuperando um pouco de posse e encetando rápidos contra-golpes. Num deles, Nadiem Amiri obrigou Marchesín a uma defesa extraordinária.
- Por volta dos 70 minutos, somente Sérgio Oliveira registava um rating superior a 6.0, com o FC Porto sem conseguir criar perigo em futebol corrido. Mas nas bolas paradas o “dragão” é temível.
- Aos 73 minutos, Alex Telles cobrou livre da direita, Zé Luís cabeceou com potência, Hrádecky defendeu, mas na recarga, Luis Díaz, de cabeça, confirmou o tento portista. Ao terceiro remate na segunda parte, segundo enquadrado, o golo luso.
- Os alemães sentiram necessidade de partir para cima do seu adversário, perante o perigo que é sofrer um golo em casa nesta competição, num resultado de vantagem mínima. E por volta dos 80 minutos já tinha, de novo, o domínio dos acontecimentos, com 57% de posse da segunda parte, para além de oito remates, quatro enquadrados.
- Contudo, o FC Porto também sabia que o golo fora lhe dava boas perspectivas para a segunda mão, dentro de uma semana, e cerrou fileiras, tapando os caminhos para a sua baliza, perante um Leverkusen que não mais conseguiu criar lances de verdadeiro perigo.
O melhor em campo GoalPoint
Wilson Manafá saiu aos 61 minutos. É certo que tinha um amarelo e o perigo de ser expulso era real, mas a saída do lateral portista teve muito que ver com a grande exibição de Kevin Volland. O extremo alemão foi um verdadeiro “diabo” à solta do lado esquerdo do ataque do Bayer. Não marcou nem assistiu, mas realizou o número máximo de cruzamentos (7), completou todas as seis tentativas de drible (três no último terço do terreno) e ainda fez três desarmes. Foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.4.
Jogadores em foco
- Agustín Marchesín 7.1 – O Leverkusen terminou a partida com 19 remates, sete deles enquadrados, e não fosse Marchesín e o cenário final poderia ser diferente. O guardião portista terminou com cinco defesas, quatro a remates na sua grande área e um a disparo ao ângulo superior.
- Nadiem Amiri 7.2 – O médio-ofensivo alemão foi sempre muito perigoso e uma fonte de energia. Para além de ter enquadrado três de quatro remates, terminou a partida com quatro passes para finalização e expressivas 13 recuperações de posse.
- Alex Telles 6.7 – Deem a bola ao lateral brasileiro e dele nascerão lances de perigo. Quando o FC Porto quase não importunava o último reduto contrário, Telles bateu um livre para a área e Zé Luís encarregou-se de cabecear com estrondo, antes de Luis Díaz confirmar. Para além disso, Alex completou a totalidade das cinco tentativas de drible, duas delas no último terço, e fez quatro desarmes.
- Sérgio Oliveira 5.9 – O médio foi durante muito tempo o melhor do FC Porto, mas aos poucos foi desaparecendo do jogo. Ao todo registou dois remates, ambos enquadrados, recuperou sete vezes a posse de bola, fez três intercepções e outros tantos bloqueios de passe.
- Luis Díaz 5.8 – O colombiano jogou 74 minutos, nos quais se destacou, sobretudo, pelo drible, completando duas de quatro tentativas. Mas o seu momento alto foi mesmo o golo, a confirmar um primeiro cabeceamento de Zé Luís.
- Kai Havertz 6.8 – A estrela da “companhia” alemã foi sempre um problema para a defesa portista. Para além do golo que fez, de penálti, realizou quatro remates, acertou uma vez na barra, registou três passes para finalização e três desarmes.
Resumo
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