O FC Porto sofreu bastante para vencer o Portimonense, 17º classificado da Liga NOS, por 1-0.
Naturalmente dominadores e donos da iniciativa atacante desde os primeiros minutos, os “dragões” terminaram com uma superioridade estatística à prova de contestação, mas sentiram muitas dificuldades para criar perigo e até estiveram perto de se ver em desvantagem, quando Jackson Martínez desperdiçou uma grande penalidade.
Contudo, a persistência acabou por dar frutos e, muito perto do fim, Alex Telles resolveu com um lance de génio.
O jogo explicado em números
- Como se esperava, o Porto entrou a mandar no jogo e esteve muito perto de marcar aos 14 minutos, quando Corona, do lado direito, desviou a bola de Shuichi Gonda e esta passou rente ao poste direito da baliza do Portimonense.
- No primeiro quarto-de-hora praticamente só deu Porto, com os “dragões” a registarem 59% de posse de bola, 85% de eficácia de passe e os únicos remates da partida, embora nenhum enquadrado.
- O jogo foi-se “arrastando” na mesma toada até à meia-hora, mantendo os padrões iniciais com uma semelhança apreciável.
- Aos 61% de posse o Porto juntava mais quatro remates aos três que registava anteriormente, mas continuava a não enquadrar qualquer disparo.
- Ao invés, os algarvios tentavam sair em rápidos contra-ataque, mas os lances eram invariavelmente anulados no meio-campo, ao ponto de os visitante somarem somente uma acção com bola na área de Marchesín.
- O colombiano Matheus Uribe ia mostrando qualidade acima dos restantes, sendo o único, aos 30 minutos, com um rating dentro dos 6.0. O médio havia rematado duas vezes, realizado um passe para finalização, recuperado quatro vezes a posse de bola e feito quatro desarmes. Estava um pouco por todo o lado no terreno de jogo.
- Aos 36 minutos, Tiquinho Soares (única alteração no “onze” do Porto em relação ao triunfo sobre o Vitória de Guimarães, no lugar de Zé Luís) cabeceou para Gonda defender em cima da linha de golo, naquele que foi o primeiro remate enquadrado do jogo e a melhor ocasião até então – à décima tentativa.
- Perto do intervalo chegou a ameaça de surpresa. O árbitro assinalou falta de Uribe na grande área sobre Jackson Martínez e respectiva grande penalidade. Na cobrança, porém, o atacante colombiano atirou muito por cima.
- Dificuldades para o Porto na primeira parte, talvez pouco esperadas perante um Portimonense em claras dificuldades na Liga e sem ganhar há nove jornadas.
- Os “dragões” foram superiores, remataram muito, mas mal, com apenas um enquadrado, enquanto os algarvios poderiam ter chegado ao descanso em vantagem, não tivesse Jackson Martínez desperdiçado uma grande penalidade.
- O melhor nesta fase era Otávio, com um GoalPoint Rating de 6.4, fruto de um passe para finalização, dois dribles eficazes e 88% de eficácia de passe.
- O susto portista no final da primeira parte foi grande, ao ponto de a equipa partir para cima do seu adversário, registando 71% de posse de bola no segundo tempo, à passagem da hora de jogo. Mas também mostrando alguma intranquilidade e incapacidade para criar lances de perigo.
- Nesta fase os “dragões” registavam somente dois remates, um enquadrado. O Portimonense, por seu turno, apresentava pobres 53% de eficácia de passe, o que explica a muita posse de bola para os homens da casa.
- Chegado o minuto 70, a pressão portista era grande, em especial através do flanco esquerdo, onde Alex Telles e Luis Díaz canalizavam quase 55% dos ataques dos “dragões” na segunda parte. A aposta no cruzamento era uma realidade, com os anfitriões a registarem dez nesta etapa complementar – Telles somava seis por esta altura.
- O central algarvio Willyan liderava os ratings nesta fase do jogo, com 6.8, graças, sobretudo, a quatro duelos aéreos ganhos em cinco e impressionantes 18 acções defensivas, nove delas alívios.
- Mas o melhor estava guardado para o fim. Aos 87 minutos, Alex Telles, sempre ele, decidiu o jogo num lance de génio. Após receber a bola bem fora da área, arrancou um pontapé colocadíssimo e indefensável, que só parou no fundo da baliza. Ao 11º remate do Porto na segunda parte, terceiro enquadrado, finalmente o golo que a equipa tanto procurava.
O melhor em campo GoalPoint
Que bomba! O Porto esteve a poucos minutos de perder pontos em casa com o 17º classificado, mas Alex Telles, que ora marca (e já é o melhor marcador da equipa portista neste campeonato), ora assiste, desta vez decidiu resolver ele próprio a contenda, através de um pontapé fulgurante aos 87 minutos, de fora da área, que entrou “na gaveta” e deu os três pontos aos donos da casa.
O lateral brasileiro terminou com um GoalPoint Rating de 7.4, com três remates (um enquadrado), três passes para finalização, sete cruzamentos (só um eficaz), três duelos aéreos defensivos ganhos em oito e o número máximo de acções com bola (90).
Jogadores em foco
- Otávio 6.9 – O melhor da primeira parte. O criativo brasileiro foi uma fonte de trabalho inesgotável, ofensivo e defensivo. Para além de dois passes para finalização e 91% de eficácia de passe, Otávio completou as duas tentativas de drible, recuperou dez vezes a posse de bola (máximo do jogo a par de Marcano) e registou 11 acções defensivas, entre elas quatro desarmes.
- Willyan 6.6 – A melhor unidade do Portimonense. O central brasileiro não foi de modas e fez nove alívios, num total de 18 acções defensivas, com destaque também para dois bloqueios de remate. E ainda ganhou quatro dos cinco duelos aéreos defensivos em que participou.
- Luis Díaz 6.3 – O extremo colombiano esteve muito activo, em especial no segundo tempo. Rematou quatro vezes, todas de fora da área, e não enquadrou nenhum disparo, mas compensou essa menor eficácia com uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, três dribles completos em quatro tentativas e sete recuperações de posse.
- Sérgio Oliveira 6.2 – O “cérebro” da equipa portista, neste jogo mais discreto, mas igualmente importante. Para além de dois passes para finalização, completou as duas tentativas de drible (ambas no último terço) e apresentou uma eficácia de passe de 85%.
- Shuichi Gonda 6.2 – Muitos foram os remates do Porto, mas poucos os enquadrados, pelo que o guardião nipónico não teve uma noite de muito trabalho. Mas quando teve, mostrou qualidade, registando três defesas, todas a remates na sua grande área, bem como três saídas a soco. Nada podia fazer para travar o “míssil” de Alex Telles.
- Jackson Martínez 4.6 – O avançado colombiano acabou por ser uma das figuras do jogo, mas não pelo lado positivo. Lutou muito, dentro das suas limitações físicas, mostrou vontade, rematou duas vezes e ganhou três de seis duelos aéreos ofensivos. Mas desperdiçou duas ocasiões flagrantes, uma delas uma grande penalidade.
Resumo
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