A tenista russa Maria Sharapova, antiga líder do ranking mundial e detentora de cinco títulos do Grand Slam, anunciou hoje o final da sua carreira, através de um artigo publicado nas revistas Vogue e Vanity Fair.
“Ténis – digo-te adeus”, escreveu a russa, de 32 anos, num longo artigo em que se despede da modalidade, lembrando os 28 anos de prática da modalidade, em que conquistou cinco ‘major’, dois dos quais em Roland Garros.
Maria Sharapova is leaving tennis. In an exclusive essay for Vanity Fair and Vogue, the tennis legend reflects on her career, looks to her future, and asks: How do you leave behind the only life you’ve ever known? https://t.co/q2UO5INjFI
— VANITY FAIR (@VanityFair) February 26, 2020
Sharapova, que chegou a número um do ténis mundial, venceu em Wimbledon (2004), Estados Unidos (2006), Austrália (2008) e Roland Garros (2012 e 2014).
“Ao olhar para trás, entendo que o ténis foi a minha montanha. O meu caminho, com vales e desvios, mas as paisagens no topo eram incríveis. Depois de 28 anos e cinco títulos do Grand Slam, estou pronta para escalar outra montanha”, disse a tenista.
Sharapova lembrou os primeiros passos no ténis, com quatro anos, em Sochi, e o caminho que a levou, aos seis, juntamente com o pai, até a Florida, e à conquista do primeiro título num Grand Slam, com 17 anos, em Wimbledon.
Nos últimos anos, a russa caiu até ao 373.º lugar no ‘ranking’ da WTA, depois de várias derrotas consecutivas nas rondas iniciais, no Open da Austrália e em Brisbane, já este ano, e no Open dos Estados Unidos, o último torneio em 2019.
Na ‘era Open’, Sharapova é uma das seis tenistas que venceu os quatro torneios do Grand Slam, deixando a norte-americana Serena Williams como a única ainda em atividade.
O momento mais negativo na carreira da russa foi o caso de ‘doping’ em 2016, devido à utilização de meldonium, substância proibida em janeiro desse ano e que a tenista tomava desde 2006, tendo alegado desconhecimento da alteração do estatuto.
Sharapova foi suspensa inicialmente por dois anos, castigo que foi posteriormente atenuado para 15 meses pelo Tribunal Arbitral do Desporto.
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