O organismo que tutela os Jogos Olímpicos e Paralímpicos anunciou esta terça-feira o adiamento para “uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021”, devido à pandemia da Covid-19.
O presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC) considerou esta terça-feira que a decisão de adiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020 “é a coisa certa a fazer”, numa altura em que a “saúde é prioridade.”
“Adiar os Jogos devido ao surto global da covid-19 é a coisa certa a fazer. A saúde e o bem-estar de todos devem ser a prioridade número 1. Realizar um evento desportivo com esta pandemia é, simplesmente, impossível”, afirmou Andrew Parsons, numa nota divulgada na página do Comité.
Parsons considerou que “atualmente o mais importante é preservar a vida humana e, por isso, é essencial que sejam tomadas todas as medidas para tentar limitar a propagação da doença.”
O presidente do IPC considerou que a decisão de adiar os Jogos, que deveriam decorrer entre 25 de agosto e 6 de setembro, vai permitir aos “atletas concentrarem-se totalmente na sua saúde e bem-estar, permanecendo em segurança durante este tempo difícil e sem precedentes”. “Quando os Jogos Paralímpicos se realizarem em Tóquio no próximo ano, serão uma espetacular celebração global de união“, afirmou Parsons.
O presidente do IPC garantiu que o organismo continuará a trabalhar em estreita “colaboração com os atletas, os comités paralímpicos nacionais e as federações de modalidade” tendo em vista a realização dos Jogos em 2021.
O Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos anunciaram esta terça-feira o adiamento, devido à pandemia da Covid-19. Em comunicado, os organizadores dos eventos esclarecem que “os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021″.
Desde 1988, que os Jogos Paralímpicos passaram a utilizar as instalações dos Jogos Olímpicos, e mais recentemente, os dois eventos começaram a ter o mesmo comité organizador.
A pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17 mil morreram. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 33 mortos e 2362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 0h de quinta-feira (dia 19) e até às 23h59 de 2 de abril.
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