Os ‘três grandes’ do futebol português querem cortar a folha salarial dos jogadores em 50%. Em causa está o controlo dos danos financeiros da pandemia de covid-19.
Benfica, Sporting e FC Porto querem reduzir os salários dos jogadores em 50%, avança esta terça-feira o jornal Record. Este corte na folha de vencimentos surge como medida de contenção para controlar os prejuízos económicos causados pela pandemia de covid-19, que levou à interrupção dos campeonatos.
O jornal desportivo adianta que nenhum dos ‘três grandes’ chegou a acordo com os jogadores, mas acreditam que o entendimento seja assegurado até ao final desta semana.
“Não se compreende que os clubes sejam rápidos a exigir cortes a jogadores e funcionários e não se incomodem com a atitude das operadoras, que beneficiam escandalosamente deste negócio há anos e no momento de maior necessidade nos abandonaram”, acusou o Sindicato dos Jogadores, liderado por Joaquim Evangelista.
Por sua vez, os jogadores pretendem ser ressarcidos do dinheiro que estão agora a perder com os cortes salariais. Quando a situação voltar ao normal, os futebolistas pretendem receber o dinheiro de volta, algo que deverá acontecer por volta do verão.
Sporting de Braga, Santa Clara, Portimonense, Nacional, Farense e Mafra são alguns dos clubes que procuram adotar este plano.
O Sindicato dos Jogadores garante também que “reagirá a esta atuação dos clubes e não deixará de convocar todas as entidades públicas e órgãos de governo do futebol, para necessidade de pôr termos a uma atuação que lesa os jogadores, mas sobretudo os contribuintes e o país”.
Benfica, Sporting e FC Porto são os clubes que deverão sentir os maiores efeitos causados pela quebra de receitas, que se estima ser superior a 50%.
O impacto global de uma paragem de um mês, por exemplo, será “superior a 40 milhões de euros”, em números estimados a partir de uma observação do fluxo económico das SAD de Benfica, FC Porto e Sporting, realçou o professor da Escola Superior de Desporto de Rio Maior e coordenador da licenciatura de Gestão das Organizações Desportivas Alfredo Silva.
“A situação vai ser muito complicada para Benfica, FC Porto e Sporting. Mas a verdade é que estes problemas estão a ser vividos igualmente nos outros países. Não há competição, não há valorização dos jogadores, não há direitos de transmissão e receitas de bilheteira… Mas há salários e contratos para pagar”, explica, por sua vez, o diretor executivo do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), Daniel Sá.
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