Seis demissões na direção do Barcelona. “Alguém meteu dinheiro ao bolso”

Seis dirigentes do FC Barcelona apresentaram demissão ao presidente do clube catalão Josep Maria Bartomeu, avança a imprensa espanhola.

De acordo com a agência noticiosa EFE, que dá conta das baixas esta sexta-feira, entre as demissões estão os vice-presidentes do clube Emili Rousaud e Enrique Tombas.

A demissão em bloco destes dirigentes é vista como um movimento de reposta, que surgiu depois de Josep Maria Bartomeu ter pedido a demissão de de Rousand e Tombas, assim como de Sílvio Elías e Josep Pont, alegadamente por falta de confiança.

Contudo, observa a agência Lusa citando o jornal espanhol La Vanguardia, não era esperada a saída de Maria Teixidor e Jordi Calsamiglia.

O “BarçaGate” – um esquema que alegadamente foi criado para influenciar negativamente jogadores e antigos jogadores do clube nas redes sociais sem o conhecimento do conselho diretivo – terá sido o acontecimento que levou às seis demissões.

Numa carta de despedida, citada pela imprensa espanhola, os seis dirigentes demissionários referem que acreditam terem tomado a decisão certa, uma vez que não foram capazes de “reverter os critérios e as formas de gestão do clube perante os importantes desafios do futuro e, principalmente, a partir do novo cenário pós-pandemia”.

“Pedimos aqui que os resultados da auditoria confiada à PWC para o caso ‘Barçagate’ sejam apresentados e as responsabilidades sejam esclarecidas, bem como a eventual compensação pelos ativos correspondentes. Como último serviço ao nosso clube, recomendamos que, assim que as circunstâncias permitirem, se convoque novas eleições para permitir gerir o clube da melhor maneira possível”, pode ler-se na missiva.

Desde que Bartomeu foi eleito presidente do FC Barcelona, em julho de 2015, aconteceram várias mudanças direção do clube, composta por 21 elementos, com 11 deles a apresentarem a demissão por vários motivos.

“Alguém meteu dinheiro ao bolso”

Depois de apresentar a sua demissão, o antigo vice-presidente Emili Rousaud levantou, em declarações declarações à RAC, algumas suspeitas sob a direção de Josep Maria Bartomeu, referindo que “alguém meteu dinheiro ao bolso” no clube catalão.

“Não sei a que nível foi, nem se o presidente sabia, mas parece-me claro que aconteceu”, acrescentou o vice-presidente demissionário, que garante que tudo está ligado ao escândalo da I3 Ventures, a empresa que terá levado a cabo o “BarçaGate”

“A chave está na fragmentação de faturas e da respetiva auditoria. Não podíamos desviar o olhar. A auditoria tinha duas partes, uma para ver se de facto desconsiderava algumas pessoas e outra o milhão de euros que se pagou, cujo valor ainda está por confirmar se é real. O convite de sairmos por parte do presidente chega quando essa informação está prestes a sair. Este tema das redes sociais é sujo“, disse o antigo vice do Barça.

E continua: “Eu estava na comissão de adjudicações que controla os pagamentos entre 200 mil e um milhão de euros e este contrato com a I3 Ventures foi dividido para iludir a minha comissão (…) a auditoria está praticamente terminada, o presidente sabe o que lá está e esse é um dos fatores pelos quais prescinde de nós”, disse, citado pelo Sapo Desporto.

Desde que Bartomeu foi eleito presidente do FC Barcelona, em julho de 2015, aconteceram várias mudanças direção do clube, composta por 21 elementos, com 11 deles a apresentarem a demissão por vários motivos.

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