O presidente maritimista criticou o facto de Sporting e Nacional da Madeira já terem regressado aos treinos em pleno estado de emergência devido à pandemia de covid-19.
Sporting CP e Nacional da Madeira foram os primeiros clubes profissionais a regressar aos treinos individuais em Portugal. Em entrevista à Rádio Renascença, o presidente do CS Marítimo critica estes clubes por estarem a desrespeitar o estado de emergência causado pelo novo coronavírus.
“Interpretaram à sua maneira, da forma que quiseram, se calhar até para chamar à atenção para este inimigo invisível. Mas eu vou respeitar muito este inimigo invisível, porque a minha saúde e a dos outros vale muito mais que um ou dois meses de trabalho. E até pelos profissionais de saúde que merecem o nosso aplauso, devíamos respeitar”, atirou Carlos Pereira.
“Não [há garantia de segurança]! Não há essa distância [social], há sempre a tendência da proximidade e é muito perigoso fazermos essa antecipação“, acrescentou o presidente maritimista. Carlos Pereira defende que, perante esta situação, “a Liga já se devia ter pronunciado publicamente”.
“No Decreto-Lei pensou-se no treino individual para os Jogos Olímpicos e abriu-se uma janela que foi aproveitada por aqueles que querem ser mais espertos que os outros“, disse ainda.
O presidente dos rubro-negros diz que o trabalho no futebol é coletivo e ninguém levará vantagem por antecipar e desrespeitar o estado de emergência. É nesse sentido que defende que o regresso do futebol só deve acontecer com a autorização das autoridades de saúde, sem ceder a outros interesses.
“Se eventualmente se reiniciar o campeonato, o que receio muito, apesar de todos o querermos, não é pelo dinheiro que o devemos fazer regressar. Devemos voltar ao campeonato, se tivermos condições de saúde”, explica.
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