O editor adjunto de desporto do New York Times comentou, no Twitter, o facto de os encarnados terem decidido publicar as respostas às perguntas feitas pelo jornal norte-americano.
O New York Times escreveu sobre a nomeação do juiz adepto do Benfica no caso do pirata informático Rui Pinto e, em reação, as águias falaram em teorias da conspiração.
Entretanto, o clube da Luz também divulgou um comunicado no qual publicou, na integra, as respostas às perguntas feitas pelo jornal norte-americano.
Agora, avança o jornal A Bola, o conceituado jornal norte-americano respondeu à letra. “O Benfica não respondeu aos pedidos de comentários no artigo até depois de ser publicado. Aparentemente não gostaram; a resposta é manchete principal no site do Benfica”, escreveu no Twitter Andrew Das, editor adjunto de desporto do jornal.
O editor aproveitou ainda para recordar outra história escrita pelo NYT, que envolveu a claque portista Super Dragões e o clube gaiense Canelas 2010. “A história da influência do Benfica recorda-me outra em Portugal. Há uns anos, escrevemos sobre uma equipa de ultras do FC Porto que eram tão duros e tão ameaçadores para os árbitros que os adversários se recusavam a jogar com eles”.
https://twitter.com/AndrewDasNYT/status/1253367645602287619
Em entrevista ao jornal Público, Tariq Panja, jornalista do NYT que assinou o artigo, relatou que falou com “editores desportivos, jornalistas e outras figuras da imprensa portuguesa” e percebeu que talvez exista “uma autocensura quanto aos textos sobre os três grandes”.
“E, novamente, o Benfica é o que tem maior dimensão. No impacto daquilo que podes escrever. Falei com um editor desportivo em Portugal que me disse que há relações comerciais com os três grandes”, explicou.
O jornalista disse ainda que as histórias que envolvem o futebol português são únicas e “interessantes” para serem contadas. “Há tantas acusações, é de loucos. A própria estrutura de existir um canal de televisão do Porto e um homem que aparece uma vez por semana com as denúncias é de loucos, mesmo. Não se vê isto em mais lado nenhum.”
Ao diário português, Panja considerou ainda que o Benfica tem o direito e a liberdade de responder ao artigo, mas julga que as pessoas devem analisar com detalhe as respostas dadas pelo clube encarnado.
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